Boi teve preços acomodados, sem excedente de oferta em novembro

Os frigoríficos de uma maneira geral ainda operam com preços firmes em boa parte do país. As escalas de abate apresentaram considerável avanço no último mês, o que resulta em um comportamento menos agressivos dos frigoríficos, em geral, na compra de gado.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços de balcão apresentaram acomodação, até porque a oferta de animais terminados esteve adequada às necessidades dos frigoríficos, sem figurar excedente de oferta.
Algumas unidades ainda operam com capacidade ociosa, o que torna o trabalho de prolongar as escalas de abate menos custoso.
Os preços de uma maneira geral permanecem acomodados, em linha com a boa evolução das escalas de abate. Os frigoríficos não conseguem forçar a baixa no mercado interno, considerando que a oferta disponível de animais terminados preenche as necessidades de cada unidade, sem excedente de oferta.
“De certa forma o mês de novembro não cumpriu com as expectativas mercadológicas, uma vez que era aguardando consistente movimento de alta, o que acabou não acontecendo”, constatou Iglesias.
As exportações de carne bovina “in natura” do Brasil renderam US$ 325,9 milhões em novembro (14 dias úteis), com média diária de US$ 23,3 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 74,4 mil toneladas, com média diária de 5,3 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.378,4.
Entre outubro e novembro, houve uma alta de 8,6% no valor médio exportado, um avanço de 2,8% na quantidade e alta de 5,7% no preço médio. Na relação entre novembro de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve avanço de 5,5% no valor total exportado, alta de 17,5% na quantidade total, e desvalorização de 10,3% no preço médio.
A média mensal de preços em novembro, em São Paulo, foi de R$ 150,18 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço esteve a R$ 140,66. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 145,29. Em Goiás, a arroba esteve em R$ 140,52. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 130,87.
No atacado, a média mensal de preços nos cortes de traseiro foi de R$ 11,80 e nos cortes de dianteiro ficou em R$ 8,26. (Por
Carine Lopes)