Boi teve preços firmes com escalas de abate encurtadas

Na primeira quinzena de outubro os preços do boi gordo seguem firmes, com boa possibilidade de reajustes nos próximos dias. Vale ressaltar que os frigoríficos de menor porte ainda se deparam com escalas de abate encurtadas, em virtude da maior dificuldade na compra de gado.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, essa situação sugere uma atuação mais agressiva na compra de gado durante a primeira quinzena do mês, que conta com maior apelo ao consumo. Por outro lado, os frigoríficos de maior porte ainda se deparam com uma posição mais confortável, com escalas de abate bastante adiantadas.
Ainda há um desdobramento da incidência de contratos a termo nas últimas semanas, além dos confinamentos próprios, que ajudam a atender as escalas de maneira satisfatória. “Essa situação pode limitar o movimento de alta nos próximos dias”, observou Iglesias.
Segundo o boletim do Sindifrio, a oferta de bovinos gordos ainda prossegue restrita, mas a retenção de bovinos pelos pecuaristas já não é tão acentuada. Tal fato decorre da redução de abates, que está propiciando maior oferta de gado em condições de abate por preço da arroba menos elevado. Todavia, a pressão baixista, ainda está presente em diversas praças.
O fato é que o mercado em geral está trabalhando em condições não favoráveis e, nesse passo, e com as vendas caminhando com lentidão, o pecuarista está se adequando às condições atuais e retrocedendo em suas pretensões.
A média semanal de preços (de 5 a 8 de outubro) em São Paulo foi de R$ 145,52 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 137,16. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 141,66. Em Goiás, a arroba ficou em R$ 138,00. Em Mato Grosso, o preço esteve em R$ 129,56. No atacado, a média semanal ficou em R$ 11,66 para os cortes de traseiro e de R$ 8,20 nos cortes de dianteiro. (por Carine Lopes/Agência Safras)