Brasil é apontado como favorito ao título em seus domínios
Assim como em 1950, o Brasil é apontado como favorito ao título em seus domínios. Porém, a equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari não quer repetir o desfecho da primeira Copa disputado no país, quando a seleção acabou perdendo o título para o Uruguai.
O retrospecto recente reforça o favoritismo brasileiro. O time de Felipão acumula nove vitórias consecutivas em amistosos e é a equipe com a maior sequência positiva atualmente entre todas as 32 que disputarão a Copa. Jogando no Brasil, a seleção ostenta uma invencibilidade de 36 partidas.
Sem jogadores lesionados, o Brasil terá força máxima na abertura, com Hulk, Fred e Neymar na linha ofensiva.
Ao Brasil, não basta a vitória: a seleção buscará jogar bem para evitar eventuais vaias da torcida na capital paulista e mostrar força na busca pelo hexacampeonato.
Considerada a segunda força do Grupo A, que conta ainda com México e Camarões, a Croácia tem problemas para a estreia em sua quarta Copa. Principal destaque da equipe, o centroavante Mandzukic, que anunciou sua saída do Bayern de Munique, está suspenso por ter sido expulso contra a Islândia, na repescagem das eliminatórias europeias.
E esse não será o único desfalque do técnico Nico Kovac. Na terça, o meia reserva Mocinic foi cortado por uma lesão no tornozelo. Antes dele, a Croácia já havia perdido outros quatro atletas por lesão – Males, Strinic, Kranjcar e Ilicevic.
O ponto forte da Croácia é o setor ofensivo do meio-campo, com Rakitic, Kovacic e Modric – este último foi, ao lado do lateral brasileiro Marcelo, um dos destaques do Real Madrid na conquista da última Liga dos Campeões. Mas o trio habilidoso não abala, ao menos na véspera, o favoritismo do Brasil para a estreia.
BRASIL
Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar. T.: Luiz Felipe Scolari
CROÁCIA
Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Vrsaljko; Rakitic, Kovacic, Perisic e Modric; Olic e Jelavic. T.: Nico Kovac
Estádio: Itaquerão, em São Paulo
Horário: 17h
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Receoso, Felipão proíbe que jogadores brinquem como goleiros
Para evitar um novo corte na véspera da Copa, Luiz Felipe Scolari proibiu os jogadores de linha de atuarem como goleiro nos treinos para a Copa do Mundo. Felipão já determinou que nem nos rachões os atletas poderão substituí-los.
No domingo, Neymar fez uma defesa no gol e foi repreendido pela comissão técnica.
A proibição do técnico é uma tentativa de evitar um drama semelhante ao de Emerson em 2002. Então capitão da equipe, o ex-gremista foi cortado do Mundial um dia antes da estreia da seleção.
No treino de reconhecimento do estádio de Ulsan, na Coreia, ele sofreu uma luxação no ombro direito brincando de goleiro no rachão.
Emerson era o capitão do time e foi cortado no vestiário. Para substitui-lo, Felipão chamou Ricardinho.
Neste ano, Emerson reclamou pela primeira vez da atitude do treinador.
"Ele desabafava comigo, eu era o confidente dele. Sempre estive presente quando ele precisou de mim. Quando eu precisei, ele me faltou", declarou o ex-jogador, durante uma palestra no Rio Grande do Sul. Felipão não quis polemizar com Emerson.