Briga com a ex-mulher e foge em Corcel
Agressão contra mulheres vai se tornando uma das formas de violência mais comum no país, realidade que não é diferente na cidade de Paranavaí.
No plantão encerrado ontem pela manhã, uma mulher informou à Polícia Militar que o ex-convivente foi até a casa e discutiu, entrando em luta corporal. Depois, como acontece na maioria dos casos, o suspeito fugiu. Detalhe: fugiu em um Ford Corcel.
Conforme detalhou a vitima, o homem desobedeceu a uma medida protetiva expedida pelo Poder Judiciário e que proíbe a aproximação. Com isso, foi até a casa da ex-mulher e iniciou uma discussão.
O “debate” em tom mais alto evoluiu para uma luta corporal. Não satisfeito, o homem ainda quebrou alguns objetos da casa e fugiu em seguida.
A Polícia Militar atendeu a vítima e fez rondas, mas não encontrou o suspeito. Ocorrência na manhã desta terça-feira, na Rua Carlos Gomes, Jardim São Jorge.
A TRAGÉDIA EM NÚMEROS – Este caso corriqueiro faz parte de uma estatística triste no país. A cada 7,2 segundos, uma mulher é vítima de violência física, segundo o Instituto Maria da Penha.
Dados de 2013 revelam que 13 mulheres morrem todos os dias no Brasil, vítima de feminicídio, ou seja, assassinato em função de gênero.
Cerca de 30% das mortes são provocadas por parceiros ou ex-parceiros, indica o “Mapa da Violência 2015”.
Os dados públicos revelam que nesta década a violência contra mulheres aumentou 21%, tomando por base a década anterior.
No país foram 749.024 chamadas na Central de Atendimento à mulher no ano de 2016, ou seja, um a cada 42 segundos (dados do serviço Ligue 180).
O Paraná registra 62 casos de violência física ou moral contra a mulher por dia, o que dá uma média de cinco a cada duas horas ou ainda de um registro a cada 24 minutos (estatística da secretaria de Segurança Pública).
NA CIDADE – Em Paranavaí, apenas de janeiro a maio deste ano foram registrados 431 boletins de ocorrências envolvendo algum tipo de violência contra mulheres, uma média de 86 todos os meses. Lesão corporal, ameaça e injúria são as principais tipificações.
Desde janeiro de 2018 Paranavaí conta com o Núcleo Maria da Penha (Numape). Formado por uma equipe multidisciplinar, garante assistências jurídica, psicológica e social para mulheres vítimas das mais variadas formas de violência. A recomendação básica: é preciso denunciar os crimes e os criminosos.
PAGAMENTO DE PENSÃO – Não pagar pensão alimentícia pode resultar em prisão. Foi o que aconteceu anteontem para um homem de 45 anos, detido na Rua Emílio de Menezes, Jardim São Jorge.
Consta que uma equipe de policiais militares abordou o homem por considera-lo “em atitude suspeita” enquanto transitava pela via anteontem. Na revista pessoal nada de ilegal havia.
Porém, ao consultar o sistema informatizado, os policiais constataram que havia um mandado de prisão em aberto, por conta da falta do pagamento de pensão alimentícia. Acabou detido e levado para a Delegacia de Polícia Civil.