Cadeia de Paranavaí tinha 291 presos ontem
O problema da superlotação é recorrente nas cadeias de todo o país. Em Paranavaí não é diferente e tem sido comum neste ano. Ontem à tarde, a Cadeia Pública somava 291 detentos, sendo 26 mulheres. O espaço é projeto para 96 pessoas (número de camas).
Deste total de detentos pelo menos 60% já estão com penas que não cabem mais recursos e deveriam cumprir em um presídio e não em cadeia, considerada uma unidade de passagem.
As celas da cadeia paranavaiense medem 3 metros por três metros, em tese para acomodar até quatro detentos. Na prática, porém, 12 homens dividem cada espaço desses. A lotação já foi maior. Em março deste ano, por exemplo, a cadeia chegou a ter 306 detentos.
O inverno apresenta algumas preocupações extras, tais como as chamadas síndromes respiratórias. Para reduzir os impactos, o serviço de saúde pública faz visitas periódicas.
Ontem, por exemplo, o Sinas (Sistema Integrado de Atendimento em Saúde) atendeu na unidade. Atualmente uma pessoa presa faz tratamento de tuberculose. Com a medicação tomada corretamente, deixa de ser potencial transmissor da doença.
A superlotação da Cadeia Pública já foi tema de amplo debate em Paranavaí. Há contrários e favoráveis à iniciativa, defendida por lideranças da área de segurança pública.
Quem é contra a construção pondera que um presídio junta detentos perigosos e também atrai problemas sociais por conta da mudança de familiares.
Já quem quer a construção de uma nova unidade pondera que os presos já existem e estão vivendo em local inadequado, expondo a população a riscos por conta de constantes tensões e ameaças de fuga.