Cai a intenção de pequenos empresários em tomar crédito
SÃO PAULO – Com a atividade econômica enfraquecida e os juros mais altos, os micro e pequenos empresários brasileiros estão pouco dispostos a contrair crédito para os seus negócios.
Dados do indicador mensal calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) mostram que a intenção dos micro e pequenos empresários em procurar crédito pelos próximos três meses registrou apenas 10,75 pontos no último mês de julho.
O resultado é mais baixo do que o verificado em junho, quando o indicador apresentou 11,65 pontos numa escala que varia de zero a 100. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados para os seus negócios.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o baixo apetite ao crédito justifica-se, em parte, pela desconfiança com os rumos da economia.
"Sem boas perspectivas, os empresários preferem não assumir compromissos de longo prazo. Diante dos juros elevados e da demanda do consumidor retraída, muitos empreendedores recorrem aos recursos próprios como alternativa aos empréstimos e financiamentos em bancos", explica o presidente.
Segundo a pesquisa, mais de um terço (36,1%) dos empresários consultados nas capitais e no interior do país consideram que atualmente está "difícil" ou "muito difícil" ter crédito aprovado em instituições bancárias, resultado superior ao constatado em junho deste ano (34,25%).
Dentre o universo de empresários que acreditam em um cenário de dificuldade, a maioria (47,8%) culpa a burocracia como a razão principal do pessimismo e outros 34,3% chamam a atenção para as altas taxas de juros praticadas no mercado.
Dados do indicador mensal calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) mostram que a intenção dos micro e pequenos empresários em procurar crédito pelos próximos três meses registrou apenas 10,75 pontos no último mês de julho.
O resultado é mais baixo do que o verificado em junho, quando o indicador apresentou 11,65 pontos numa escala que varia de zero a 100. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados para os seus negócios.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o baixo apetite ao crédito justifica-se, em parte, pela desconfiança com os rumos da economia.
"Sem boas perspectivas, os empresários preferem não assumir compromissos de longo prazo. Diante dos juros elevados e da demanda do consumidor retraída, muitos empreendedores recorrem aos recursos próprios como alternativa aos empréstimos e financiamentos em bancos", explica o presidente.
Segundo a pesquisa, mais de um terço (36,1%) dos empresários consultados nas capitais e no interior do país consideram que atualmente está "difícil" ou "muito difícil" ter crédito aprovado em instituições bancárias, resultado superior ao constatado em junho deste ano (34,25%).
Dentre o universo de empresários que acreditam em um cenário de dificuldade, a maioria (47,8%) culpa a burocracia como a razão principal do pessimismo e outros 34,3% chamam a atenção para as altas taxas de juros praticadas no mercado.
Minoria pretende tomar crédito
De acordo com o levantamento, apenas um em cada dez empresários (9,1%) tem a intenção de buscar crédito no intervalo de 90 dias. Entre as principais finalidades, a formação de capital giro aparece em primeiro lugar (48,6%), seguido pela compra de equipamentos (43,1%), reforma da empresa (25,0%) e o pagamento de dívidas (23,6%).
"Um sinal de que os micro e pequenos empresários estão sentindo dificuldades para honrar seus compromissos é que a tomada de crédito para o pagamento de dívidas figura entre as opções mais citadas", diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.