“Calamidades públicas como estas necessitam da ajuda do Governo do Estado o quanto antes”, declara prefeito
“Ao ver essa cratera, lembrei-me daquela erosão que existia na década de 80, onde hoje é o Estádio Municipal Waldemiro Wagner. É uma pena que isso esteja acontecendo novamente. E, como todos podem ver isso se tornou insustentável. Calamidades públicas como estas necessitam da ajuda do Governo do Estado o quanto antes. Temos que recorrer, não temos outra saída. Claro que o município irá tomar medidas urgentes para conter esse dano, mas não temos condições de consertar o estrago. Hoje mesmo, vou tentar entrar em contato com o governador Beto Richa pedindo ajuda sobre essa questão”, declarou o prefeito em exercício, Rubens Felippe.
A declaração foi dada em uma das visitas que o prefeito fez nesta terça-feira (12), junto dos secretários Eurípedes Lemes (infraestrutura) e Osmar Wessler (agricultura), do vereador Claudemir Barini, de técnicos do Departamento de Estradas e Rodagens – DER e da Copel. As autoridades viram de perto a situação das crateras no Jardim Simone e na PR-218, sentido Graciosa.
Segundo o secretário de Infraestrutura, medidas paliativas estão sendo tomadas para conter o desmoronamento. “Estamos colocando lonas na cratera do Jardim Simone para proteger a casa do morador que foi atingido. Essa medida serve para conter um estrago ainda maior, pois a lona protege e permite que a chuva escorra e o morador não seja atingido. Já na Rua Eduardo Bonansisnki, sentido Graciosa, como a tubulação é rasa, vamos providenciar que as equipes façam um trabalho de contenção com grandes pedras (marroadas) e com entulhos de construção, formando algo parecido como um dissipador de energia, para que a água que sai da tubulação caia em cima das pedras, assim ela perderá sua força e os estragos serão, por ora, contidos”, afirmou.
O morador Leônidas Gabriel, que tem uma propriedade no final da Rua Eduardo Bonansisnki, disse que agora “temos que rezar para que a chuva pare o mais rápido possível, e São Pedro nos dê uma trégua, senão vai acabar engolindo não só minha residência, como também de outros que moram aqui”, lamentou.
Segundo o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), no último sábado (9) foram registrados 81,6 mm, outros 31,2 mm no domingo (10) e mais 67,4 mm na segunda-feira (11). O acumulado só nesses três dias foi de 180,2 mm, representando 80% da média histórica de chuvas para todo o mês de janeiro na cidade, que é de 230mm. Em 11 dias Paranavaí já chegou a marca de 196 mm de chuvas.