Campanha da Fraternidade pretende atrair jovens para a Igreja Católica
Em entrevista coletiva à imprensa, o bispo de Paranavaí falou sobre a necessidade de acolher os jovens nas comunidades eclesiais, destacando a importância de atraí-los para que participem de forma ativa da vida da Igreja Católica.
Na avaliação de dom Geremias Steinmetz, a estrutura da Igreja não está preparada para a juventude. Segundo ele, existe uma dificuldade em desenvolver trabalhos voltados para os jovens, e o que foi feito até agora não tem sido produtivo.
Com a Campanha da Fraternidade, o objetivo é proporcionar à população jovem da Igreja Católica um encontro pessoal com Jesus Cristo. “Queremos ajudar os jovens na elaboração do projeto pessoal de vida, oferecendo a eles uma experiência religiosa marcante. Este é o primeiro passo para a vida cristã”, disse o bispo.
De acordo com dom Geremias Steinmetz, é preciso que haja mudanças nas estruturas da Igreja para que haja espaços para a inserção dos jovens. Só então será possível inseri-los na sociedade e fazer com que sejam agentes de transformação “na busca por um mundo mais justo e solidário, seguindo o modelo de Jesus Cristo”.
Vocações – Entre as propostas da Campanha da Fraternidade está o incentivo às vocações sacerdotais. O bispo de Paranavaí disse que a diocese enfrenta um grande problema com a falta de padres, mas que a situação vem sendo amenizada pouco a pouco. “A questão vocacional é um desafio, mas muitos jovens já estão respondendo a esse chamado”.
Os jovens acolhidos na Igreja Católica
O padre Romildo Neves Pereira, coordenador diocesano de Ação Evangelizadora, disse que a Campanha da Fraternidade deste ano chama os jovens não somente à conversão pessoal, mas a participarem de forma efetiva nas decisões sociais e políticas. “A intenção é ajudar o jovem a se descobrir, e fazer com que se sinta amado e acolhido dentro da Igreja”.
Na opinião dele, apesar das dificuldades que existem para atrair a juventude, há muitos que estão inseridos e fazem parte das ações da Igreja Católica dentro de suas comunidades. “Quando existem propostas voltadas para os jovens, eles são facilmente alcançados”, avaliou.
Para o coordenador diocesano da Juventude, Cristiano Alex dos Santos Teixeira, a Igreja Católica enfrenta uma fragmentação dos movimentos juvenis. O grande trabalho a ser feito, disse, é unir todos esses segmentos em torno de uma única causa, a fé em Jesus Cristo. (RS)
Bispo fala sobre renúncia do Papa Bento XVI
Durante a coletiva de imprensa na qual lançou a Campanha da Fraternidade 2013, o bispo de Paranavaí, dom Geremias Steinmetz, falou sobre a renúncia do Papa Bento XVI. Para ele, um grande líder que fez contribuições importantíssimas para a Igreja Católica. “Ele tem clareza teológica e clareza filosófica. Fortaleceu o ecumenismo aproximando a Igreja Católica de outras religiões”, exemplificou. Na opinião de dom Geremias Steinmetz, a renúncia foi um ato de coragem e amor à Igreja Católica.
E mesmo com a postura menos conservadora de Bento XVI, que manteve um diálogo aberto com a sociedade em diferentes questões ligadas à saúde e à ciência, a Igreja Católica deverá manter a postura contrária ao uso de preservativos e ao aborto, conforme argumentou o bispo de Paranavaí. “Em algumas questões pode haver diferenciações no discurso, mas nunca poderemos ir contra o evangelho. Hoje vivemos a cultura da morte, mas o evangelho é vida”. (RS)