Cardápio da merenda respeita hábitos das regiões do Estado
Este ano, uma novidade na merenda são alguns tipos de carnes congeladas que substituem parte dos enlatados na refeição dos mais de 1 milhão de alunos, entre as quais filé de tilápia e empanado de tilápia, que por se tratar de peixe de água doce deve agradar ao paladar dos alunos do interior do Estado.
“O peixe é um excelente alimento para o desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes, já que é fonte de proteínas e minerais. Além disso, tem pouca gordura, o que o torna ainda mais saudável”, informa Andréa Bruginski, coordenadora do Programa Estadual de Alimentação Escolar da Secretaria da Educação.
O Governo do Estado adquire os alimentos para a merenda dos estudantes de duas formas. Nas compras centralizadas estão produtos básicos e comuns a todas as escolas da rede: óleo, farinha, sal, açúcar, congelados e enlatados. Já nas compras da agricultura familiar, os agricultores entregam feijões, frutas, legumes, cereais, leites e outros lácteos e derivados do trigo diretamente para as escolas, de acordo com sua produção local.
Maringá, Paranavaí, e Londrina são regiões para onde a secretaria encaminha feijão carioca. Nessa parte do Estado quase não existe o hábito de se consumir feijão preto como nos municípios do Sul do Paraná.
Juntamente com os alimentos, as escolas recebem sugestões de cardápios elaborados pela equipe de nutricionistas. O cardápio atende a uma demanda que varia de acordo com as necessidades socionutricionais dos alunos.
O estado nutricional dos estudantes é acompanhado anualmente pela secretaria. “Somos a única secretaria estadual no país que faz monitoramento nutricional em todos os alunos. Sabemos o peso, altura e idade de todos os matriculados. A partir do cruzamento dessas informações temos condições de atender as demandas nutricionais por região e até por escola”, destaca a diretora de Infraestrutura e Logística da Secretaria da Educação, Márcia Cristina Stolarski.
O controle nutricional também verifica a frequência e a incidência de alunos com diabetes, intolerância à lactose e ao glúten. Quando detectadas essas condições, a escola recebe orientações para atendimento a estas necessidades alimentares especiais.
Cada colégio tem liberdade de criar seu próprio cardápio
Apesar das sugestões facilitarem a vida de diretores e merendeiras, cada colégio tem liberdade de criar seu próprio cardápio. Foi o que fez a Escola Estadual Campinas Belas, em Reserva. A diretora Lourivana Hornung criou uma ação nutricional e pedagógica ao propor aula de sushi para os estudantes.
“Os alunos conheciam, mas nunca haviam provado o sushi (comida típica da cultura oriental). Então, resolvemos usar itens da merenda junto com recursos do Fundo Rotativo para inovar tanto no prato como na aula”, conta Lourivana.
A aula foi um sucesso. Os alunos literalmente colocaram a mão na massa e usaram até trajes típicos na hora de provar. “Na nossa merenda sempre temos a oportunidade de experimentar coisas diferentes, comidas típicas de cada país. O mais legal foi a semana que tinha comida japonesa e aprendemos a comer com Hashi (palitinho japonês), foi muito divertido”, afirmou o aluno Gustavo Vieira Trelinski, 12 anos, do 8º ano.