Caso de dengue no Jardim Santos Dumont

Mais de 40 agentes da Vigilância em Saúde se reuniram na tarde de ontem para realizar o chamado bloqueio em bairros próximos ao Jardim Santos Dumont. O motivo: o primeiro caso de dengue do ano foi confirmado em um morador daquela região. Outros dois estão em observação por apresentarem sintomas da doença.
O diretor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho, explicou que o bloqueio inclui a pulverização do veneno para matar o mosquito que transmite a doença. Depois, os agentes fazem o trabalho de campo, que consiste na eliminação dos focos de larvas, a orientação dos moradores e a busca ativa para saber se há mais pessoas com dengue.
A intenção, disse ele, é tomar todas as medidas possíveis para evitar que o vírus se propague para outras regiões da cidade. A preocupação é que o índice de focos do Aedes aegypti em Paranavaí está alto, o que pode resultar em situação semelhante à de 2013, quando mais de 10 mil pessoas tiveram dengue.
Uma das moradoras visitadas ontem foi a aposentada Adelina Barbosa de Oliveira. Ela e o marido já tiveram dengue há alguns anos, por isso, garantiu que toma os devidos cuidados. Baldes e pratinhos que ficam sob os vasos de planta, por exemplo, são lavados diariamente.
MULTAS – Fadel Filho destacou que a aplicação de multas continua. Inicialmente, quando os agentes encontram água acumulada em qualquer tipo de objeto, fazem uma notificação para o morador, que tem até cinco dias para ir à sede da Vigilância em Saúde. Se não for, é multado automaticamente.
Aqueles que vão recebem orientações sobre como proceder: não deixar calhas entupidas, fechar corretamente a caixa d’água, manter o quintal sempre limpo e não descartar o lixo de forma irregular. Em alguns casos, os moradores recebem advertências. Em outros, são multados.
EXCEÇÕES – Algumas situações requerem o uso do bom senso. O diretor da Vigilância em Saúde citou o exemplo de um casal de idosos (ambos com mais de 80 anos) que não tem condições de limpar o quintal com frequência. Nessa situação, uma equipe de apoio vai até o local para recolher entulho e objetos que possam se tornar criadouros do Aedes aegypti.
Casos semelhantes podem ser informados para a equipe da Vigilância em Saúde. Cada um será devidamente avaliado e, se for preciso, o caminhão de apoio será levado até o local para que os objetos potencialmente perigosos sejam recolhidos.
EM SEGUIDA – Diferentes ações serão desenvolvidas nos próximos dias, para conter o avanço da dengue em Paranavaí. Fadel Filho disse que o primeiro passo será reunir os secretários municipais para pedir que todos se empenhem, da forma como puderem, para fortalecer o trabalho feito pela Vigilância em Saúde.
Em seguida, será a vez de conversar com proprietários e diretores de empresas e cooperativas de reciclagem de lixo. Na sequência, o pedido de reforço no combate à dengue será para os agentes da Estratégia Saúde da Família. Por fim, serão feitos mutirões de limpeza em parceria com entidades e clubes de serviço.
SERVIÇO – Fadel Filho disse que todos os moradores podem informar sobre locais onde possa haver focos de mosquito da dengue. Para isso, basta ligar na Vigilância em Saúde, no 3902-1137. O endereço é Rua Antônio Felipe, sem número, quase esquina com a Rua Paraíba.