Caso dos assassinatos cometidos por adolescente repercutem

O caso do jovem de apenas 17 anos que confessou dois assassinatos recentes, uma tentativa e que já cumpriu medida educativa por outro homicídio, ganhou larga repercussão em Paranavaí.
Ontem, a Polícia Civil informou que a arma usada pelo adolescente não foi localizada. Houve, inclusive, buscas na casa dele. Uma das dificuldades é que os crimes ocorreram já há algum tempo.
O rapaz matou a tiros no dia 1º de novembro deste ano, Diego Rosa Ferreira, 23 anos, oriundo de Três Lagoas (MS), e que estava na cidade há pouco tempo.
Ele disse que matou por ter uma rixa com Ferreira, que seria ligado a uma facção criminosa rival. Na mesma linha, justifica que matou para não morrer, pois estaria ameaçado pela vítima.
O segundo caso, no dia 29 de novembro, resultou na morte do adolescente A.M.S, 16 anos. Ele era amigo do suspeito, que justifica o ato na versão de a vítima teria assediado a sua namorada.
Na conta dele ainda uma tentativa de assassinato de um jovem de 19 anos, em 3 de outubro deste ano. O rapaz sobreviveu, mesmo tendo levado tiros na cabeça e nas costas.
Por fim, o assassinato de um menino de apenas 13 anos, em 2016. Este caso levou o agora reincidente a cumprir medida socioeducativa, conforme prevê a legislação para menores de 18 anos (Estatuto da Criança e do Adolescente).
O jovem confessou os delitos diante de uma série de evidências coletadas pela Polícia durante as investigações, esclarece o delegado-chefe da 8ª Subdivisão, Luiz Carlos Mânica.
A prisão que evolui para o esclarecimento dos homicídios foi por envolvimento com o tráfico de drogas, numa ação da Polícia Militar na quarta-feira à noite. O jovem e outro rapaz da mesma idade estavam com 68 porções de cocaína para a venda no “varejo”, além de dinheiro e outros objetos que reforçam provas de atividades criminosas.