Casos de enxaqueca aumentam nos dias quentes

– A enxaqueca é um dos principais tipos de dor de cabeça que existe e afeta cerca de 15% dos brasileiros. Em dias muito quentes a incidência da doença aumenta devido ao aumento da luminosidade, que funciona como um fator de início para as crises.
Além disso, com o calor, muitas pessoas com enxaqueca consomem menos água e desidratam, facilitando a ocorrência da crise, conforme lembra o neurologista credenciado da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, Marcelo Mariano da Silva.
“Chega a ser um problema de saúde pública, pois as crises incapacitam as pessoas e provocam idas frequentes ao Pronto Socorro e prejuízos financeiros também, devido à perda de dias ou horas de trabalho”, lembra. O neurologista esclarece, ainda, que a enxaqueca é uma dor de cabeça que lateja ou pulsa e que ocorre frequentemente em um dos lados da cabeça, acompanhada de náuseas ou vômitos.
As pessoas com a doença também sentem desconforto com a luz ou barulho e a dor pode durar de quatro horas até três dias, além de seguir um padrão de repetição por diversas vezes ao longo da vida.
TRATAMENTO – Para reduzir as crises nos dias mais quentes, o especialista tem três dicas básicas: proteger os olhos com óculos de sol; usar um chapéu ou boné para proteger a cabeça e aumentar a ingestão de líquidos.
“Eu costumo dizer que a enxaqueca, infelizmente, ainda não tem uma cura pela qual você tome um medicamento e nunca mais ocorra, isso ainda não existe. Mas há medicamentos excelentes com rápida ação capaz de fazer a crise parar em poucas horas. Quando a pessoa tem crises frequentes, ou seja, mais de três crises no mês, existe, então, tratamento preventivo para que o paciente não tenha crise. São usados medicamentos, alguns são controlados outros não”, explica o neurologista Marcelo Mariano da Silva.

Automedicação

Contudo, o especialista alerta que a automedicação é um “veneno” para os que sofrem de enxaqueca, pois o uso constante e excessivo de analgésicos (em média oito comprimidos ao mês), funciona como algo que acelera o aumento do número de crises a longo prazo e, além disso,  gera dependência. “Portanto, o paciente com enxaqueca, que começa a perceber que tem mais de três crises no mês, deve procurar o médico para poder iniciar um tratamento para controlar as crises”, orienta.
Para os pacientes com enxaqueca, a dica é sempre procurar o médico quando mudar o padrão, a frequência de crises ou que observe uma dor muito intensa.