Casos notificados de dengue ultrapassam 1.800 em 2015

Continua preocupante o número de casos de dengue notificados na região de Paranavaí. Nos dois primeiros meses do ano foram 1.854 registros, conforme dados da 14ª Regional de Saúde com base nas informações dos municípios. Destes notificados, 592 foram confirmados e 230 descartados por exames laboratoriais.
Mas, do ponto de vista do controle, o alto número de exames pendentes (1.032) não significa problema prático. Isso porque no cenário de epidemia, os pacientes são diagnosticados clinicamente, isto é, pelo médico, com base nos sintomas. A coleta é recomendada em 10% a 20% dos pacientes.
A explicação é que se o vírus está circulando, o tratamento é feito a partir dos sintomas clássicos, conforme orientação do médico. Sem contar que neste caso o tratamento se resume a hidratação e formas de amenizar os sintomas – analgésicos e antitérmicos.
A situação ainda é preocupante em toda a região, adverte o coordenador da Vigilância em Saúde, Valter Sordi Júnior. No entanto, o cenário melhorou em algumas cidades, como São Pedro do Paraná, por exemplo, antes em epidemia. Outras cidades como Paranapoema e Itaúna do Sul saíram da condição epidêmica.
Permanecem em condição de epidemia as cidades de São João do Caiuá e Loanda. A primeira aparece com 268 confirmações (dois importados) e 537 ainda pendentes. Já Loanda aparece nos registros com 203 confirmados e 241 pendentes.
Ainda não foram caracterizadas em epidemia, mas vivem situações preocupantes as cidades de Santo Antônio do Caiuá e Diamante do Norte. A primeira cidade tem apenas 04 casos confirmados e 53 notificações. Trata-se de um município com pouco mais de 2.700 moradores. Diamante do Norte tem 15 casos confirmados. O problema na região, diz Valter Sordi, é a alta infestação pelo mosquito transmissor – Aedes aegypti.
Paranavaí, a maior cidade da região, tem nos registros 13 casos confirmados, sendo três importados. São 159 notificações nos primeiros dois meses de 2015.  
AMBIENTE PROPÍCIO – O Noroeste do Paraná é a região mais propicia para o avanço da dengue porque possui condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do mosquito. São temperaturas altas e chuvas regulares.
Fazer limpeza e educar a população tem que ser prioridade. Ele adverte que algumas cidades acabam negligenciando tais cuidados pelo custo do investimento ou pelo pouco resultado prático das campanhas educativas. Essa combinação pode levar a cenários ainda piores. Um dado positivo é que, na média, as cidades voltaram a demonstrar preocupação, conforme declarou recentemente o coordenador Sordi Júnior.