Casos suspeitos de dengue são notificados em Alto Paraná

Desde o início de 2017, dois casos suspeitos de dengue foram registrados em Alto Paraná, ambos importados. As amostras de sangue dos pacientes ainda estão sendo analisadas em laboratório, portanto, não é possível saber se se trata ou não do vírus que causa a doença.
Até à tarde de ontem, essas eram as únicas notificações em todo o Noroeste do Paraná, conforme informações da chefe regional de Vigilância Sanitária, Nilce Casado. Ela afirmou, também, que os índices de infestação por Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, estão em níveis controlados.
Não significa, no entanto, que o risco de epidemia seja nulo. Ao contrário, a tendência é aumentar esses índices, principalmente por causa das condições do tempo: chuvas frequentes e temperaturas altas, características que favorecem a reprodução do mosquito.
A chefe de Vigilância Sanitária destacou outra situação que pode contribuir para o agravamento do quadro de dengue na região. Nesse período de férias, muitas pessoas viajam e se esquecem de tomar cuidados básicos, por exemplo, retirar do quintal objetos que possam acumular água e baixar a tampa do vaso sanitário.
Há, ainda, a chegada de visitantes de diferentes partes do Brasil. É que em algumas regiões, os casos de doenças provocadas pelo Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika) alcançaram números preocupantes, por isso, essas pessoas podem transportar o vírus e facilitar a transmissão.
LIA – Nilce informou que o Levantamento de Índice Amostral (LIA) revelou números pouco acima de 1%, que é o percentual considerado tolerável para infestação por Aedes aegypti. O caso mais grave é de Cruzeiro do Sul, com 3,03%. Em Santa Isabel do Ivaí, 2,61%.
Mesmo com esses índices, é possível considerar que a situação está dentro do controle. De acordo com a chefe de Vigilância Sanitária, em anos anteriores, nesta mesma época, muitos municípios do Noroeste do Paraná alcançaram números próximos dos 4%.
EM 2016 – Nilce informou que o ano passado terminou com 3.058 notificações de casos suspeitos de dengue. Desse total, 496 foram confirmados e 2.511 tiveram resultados negativos para exames laboratoriais. Outros 51 ainda estão em fase de análises.