Central sindical quer que Dilma atrele manutenção do emprego a desonerações

BRASÍLIA – A UGT (União Geral dos Trabalhadores) pediu ontem à presidente Dilma Rousseff que o governo condicione as desonerações da folha de pagamento dos setores de comércio e serviços à manutenção de empregos. De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Patah, a presidente não apenas considerou a proposta "justa e pertinente" como prometeu encaminhá-la ao ministro Guido Mantega (Fazenda) para estudar como exigir que as empresas beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento não demitam trabalhadores. A UGT não apresentou, contudo, uma fórmula para a contrapartida das empresas que forem beneficiadas com as desonerações. Nem o governo garantiu que vai acatar o pleito da entidade e como condicionaria manutenção de empregos com a desoneração. "O importante é que o conceito foi aceito", disse Patah. Segundo ele, a presidente disse que a intenção é ampliar o máximo as desonerações. Contudo, ela mesmo disse que não é possível fazer tudo de uma vez. Em discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), nesta quarta, Dilma pregou racionalidade na desoneração de tributos e indicou a possibilidade de expandir a medida.