Centro tem o maior índice de infestação do mosquito da dengue

Em Paranavaí, o novo levantamento apontou índice baixo de infestação do mosquito transmissor da dengue (0,4%), mas as autoridades não querem “baixar a guarda”, pedindo à população que mantenha os cuidados para evitar a proliferação do Aedes.
O levantamento apontou que entre as regiões com maior índice de infestação estão a chamada Região 2, que abrange o Centro, com índice de 0,8, e a Região 1 (Jardins Ouro Branco, Morumbi, Vila City e Ouro Verde), com 0,4. Por último, com índice de 0,2, estão as Regiões 3 (Jardins São Jorge, Simone e Vila Operária) e 4 (Sumaré e Jardins Guanabara, Ipê e Santos Dumont).
Paranavaí já tem, no acumulado do ano, 791 casos notificados de dengue, sendo 108 positivados, 678 descartados e 5 aguardando resultados (dados fechados no último dia 13 de abril). A cidade também já tem 67 casos notificados do zika vírus, sendo 17 descartados e 4 positivados.
“Os últimos três casos confirmados de dengue estão no Centro (notificado dia 1º de abril), no Jardim São Jorge (notificado dia 6 de abril) e no Jardim Ipê (notificado dia 7 de abril). Isto mostra que não houve interrupção completa da circulação viral, mesmo com a estiagem. Não devemos e nem podemos relaxar”, enfatizou o chefe da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.
O novo Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRA) apontou resultado de 0,4, considerado de baixo risco. “Mas, mesmo com o índice de infestação aparecendo baixo agora, não podemos diminuir os cuidados e a preocupação com a dengue, com o zika vírus, com a chikungunya”, disse Randal, para quem a estiagem de mais de 30 dias na cidade foi fundamental para a diminuição do índice.
“As fêmeas continuam voando por aí e colocando ovos em ambientes secos e, assim que chover novamente, se não houver um cuidado e atenção da população, o risco de epidemia vai retornar”, destacou o diretor da Vigilância em Saúde de Paranavaí durante reunião da Sala de Situação contra a dengue, zika vírus e chikungunya, realizada na quinta-feira, dia 14.
A supervisora da Secretaria Municipal de Educação, Maria Nilzete, apontou que nas escolas municipais e Centros de Educação Infantil (CMEIs) há um trabalho contínuo de conscientização com as crianças.
“Para nós é um trabalho para o ano todo. Além dos professores responsáveis pela sala, ainda temos os professores de ciências, que sempre inserem o conteúdo sobre a dengue e as doenças relacionadas. Todas as instituições têm cuidado extremo com a limpeza para não deixar nada fora do lugar que possa virar um criadouro de larvas do Aedes aegypti. É assim que vamos conseguir vencer, ensinando as crianças desde pequenas a serem cidadãos conscientes, responsáveis e engajados nesta luta que é de todos”, concluiu.