Cerca de 90% dos professores aderiram a paralisação em Paranavaí

Cerca de 90% dos professores da rede estadual, área de abrangência do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, aderiram paralisação proposta pela categoria nacionalmente. Para os manifestantes, o índice foi um pouco maior, chegando a 95%.
No Paraná, o movimento foi liderado pela APP-Sindicato. Um ato no calçadão marcou a manifestação em Paranavaí.
No caso dos demais funcionários da educação, a adesão foi menor. De acordo com o Núcleo de Educação, ficou na casa dos 50%. Na região não houve informação sobre índices de adesão desses servidores.
Com índice considerado satisfatório, embora sem adesão total, a mobilização conseguiu o intento de suspender as aulas na rede pública estadual, já que, em linhas gerais, os alunos não compareceram.
Em três cidades das 30 abrangidas pela APP (núcleos de Paranavaí e Loanda) houve aula normal. Dentre as cidades com expediente normal estão Porto Rico e Querência do Norte, conforme informações do sindicato.  
A orientação da APP era para que os pais não mandassem os filhos para as escolas. Onde não houve funcionamento, as aulas deverão ser repostas, fazendo valer o direito do aluno de 200 dias letivos.
ATO PÚBLICO – Para marcar a mobilização nacional, intitulada “Educação pública, eu apoio”, a APP convocou os professores para um ato público ontem pela manhã. A adesão foi pequena, informou o diretor de imprensa e divulgação do sindicato, Nivaldo Rocha.
Ainda assim, o trabalho cumpriu o objetivo, já que foram distribuídos panfletos chamando a atenção para os problemas na educação. Rocha entende que poderia haver mais mobilização. Por outro lado, credita o cenário a uma característica regional.
REIVINDICAÇÕES – A mobilização dos professores do Paraná reivindica a criação de um novo modelo de atendimento à saúde dos servidores, o cumprimento do Piso Salarial Nacional, o pagamento da data-base conforme o reajuste dado ao mínimo regional (entre 12 e 12,5%), atenção especial ao porte de escolas, a realização de concurso para funcionários de escola e a aprovação dos projetos de lei complementar – que já tramitam na Assembleia Legislativa (Alep) – com a regulamentação do 1/3 de hora-atividade e do plano de carreira dos agentes escolares.