Chapa 2 contesta resultado da eleição do Sindoscom e vai pedir cancelamento
Candidato à presidência do Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí (Sindoscom), Marcelo Aparecido Fim disse ter sido vítima de fraude na eleição realizada sexta-feira (3). Ele afirma que o resultado favorável à candidata Leila Vanda Aguiar teria sido forjado.
De acordo com Fim, houve uma série de situações que ele considerou como suspeitas, mas a principal teria sido a ausência de um dos integrantes da comissão eleitoral por dez minutos com a urna de votação. A alteração teria ocorrido exatamente naquela unidade.
Na urna em questão foram contabilizados 21 votos para Leila, 10 para Fim e 25 nulos. Os nulos, explicou o candidato, tinham as duas opções assinaladas pelos eleitores. No entanto, parte dos comerciários teria confirmado que votou nele.
Ao todo, 148 empregados no comércio de Paranavaí e de outros municípios da região estavam aptos para votar. Dez não participaram. O resultado final da eleição garante a presidência a Leila, que recebeu 58 votos. O concorrente teve 53.
Mas Fim disse que vai pedir judicialmente o cancelamento do processo eleitoral. Na sexta-feira, ele e alguns comerciários de Paranavaí foram à Delegacia de Polícia Civil para prestar queixa. O caso será apurado e os envolvidos serão ouvidos.
De acordo com o boletim de ocorrência, a denúncia feita pelos trabalhadores se enquadraria na Lei 4737/65, que classifica: “Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro, para fins eleitorais”.
A Polícia Civil informou que assim que o inquérito for instaurado, as partes envolvidas na eleição do Sindoscom deverão ser intimadas para dar depoimentos.
A candidata eleita não se manifestou sobre a acusação de fraude. Disse, no entanto, que os 25 votos nulos foram resultado do protesto dos comerciários contra as propostas apresentadas pelas duas chapas concorrentes.
Por isso, informou Leila, o trabalho agora será no sentido de conversar com esses eleitores e entender por que anularam os votos. “Vamos rever nosso projeto”, disse.
A atual presidente do Sindoscom, Elizabete Madrona, disse que se manteve fora do processo eleitoral e participou apenas como votante. Assim, não se pronunciou sobre a acusação feita pelo candidato Marcelo Aparecido Fim.
ELEIÇÃO – Realizado na última sexta-feira (3), o processo eleitoral para definir a presidência do Sindoscom se estendeu das 9 às 17 horas. Eram três urnas: uma fixa na sede do sindicato e duas itinerantes.
Para votar era preciso estar filiado à entidade há mais de 12 meses e ter as contas sindicais em dia. Cada eleitor teve especificada a urna em que deveria votar, tanto no Sindoscom quanto nas unidades itinerantes.
Os integrantes da comissão eleitoral foram definidos pela atual diretoria do sindicato. Os integrantes foram acompanhados por mesários e fiscais definidos pelas duas chapas concorrentes, tendo representantes de cada uma.