Circulação de novo vírus da dengue aumenta risco de casos graves da doença

Dois casos de dengue do tipo 2 foram registrados em municípios do Noroeste do Paraná. Um em Nova Londrina, outro em Paranavaí. A situação preocupa, já que aumenta os riscos de manifestações mais graves da doença.
Segundo informações da 14ª Regional de Saúde, apenas o vírus do tipo 1 havia sido identificado até agora. As pessoas que contraíram a doença se tornaram imunes a essa variação viral, mas a chegada de um novo tipo expõe toda a população, mesmo quem já teve dengue.
Pacientes que desenvolveram anticorpos para combater o primeiro tipo viral têm mais chances de passar por complicações. É o que sistema imunológico reage de maneira mais agressiva ao novo vírus, podendo provocar hemorragia e até morte.
O problema se agrava quando são levados em conta os índices de infestação por Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Elevados em quase todos os municípios do Noroeste do Paraná, tornam-se fatores complicadores. Quanto mais vetores, mais chances de que a doença se espalhe.
PREVENÇÃO E COMBATE – O alerta é para que as pessoas intensifiquem as ações preventivas e de combate ao mosquito da dengue. Cuidados básicos dentro e fora de casa são eficientes e reduzem os índices de infestação.
As principais orientações: manter quintais limpos, não deixar água acumulada em objetos, desentupir calhas e fechar caixas d’água e cisternas. Entre os hábitos que contribuem para o agravamento do problema está o descarte de lixo em terrenos baldios, margens de estradas e fundos de vale.
Ações do poder público também são importantes diante da situação. É necessário que adotem de maneira imediata a prática do bloqueio, que consiste na aplicação de veneno e na destruição de focos de larvas em locais onde algum morador contraiu a doença.
A identificação desses casos e a atuação da Administração Municipal serão possíveis somente se os pacientes que apresentarem sintomas de dengue buscarem atendimento médico nas unidades básicas de saúde. 
Região tem altos índices de infestação por Aedes aegypti
Os municípios do Noroeste do Paraná realizaram, no início deste ano, o levantamento que identifica os índices de infestação por Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Quase todos apresentaram números elevados.
Considera-se como tolerável a marca de 1%, ou seja, quando são encontradas larvas do inseto em uma casa a cada 100. Até 3,9%, a situação é considerada de médio risco para uma epidemia da doença. A partir dos 4%, alto risco.
Confira quais foram os índices identificados no Noroeste do Paraná:
Alto Paraná 4,8%
Amaporã 9,9%
Cruzeiro do Sul 2,3%
Diamante do Norte 2,2%
Guairaçá 2,5%
Inajá 0%
Itaúna do Sul 3,5%
Jardim Olinda 1,6%
Loanda 11%
Marilena 2%
Mirador 2,7%
Nova Aliança do Ivaí 4,1%
Nova Londrina 5,9%
Paraíso do Norte 1,5%
Paranapoema 2,2%
Paranavaí 3,2%
Planaltina do Paraná 12,4%
Porto Rico 1,7%
Querência do Norte 2,2%
Santa Cruz de Monte Castelo 2,1%
Santa Isabel do Ivaí 2,6%
Santa Monica 2%
Santo Antônio do Caiuá 4%
São Carlos do Ivaí 3,9%
São João do Caiuá 2,3%
São Pedro do Paraná 5,4%
Tamboara 1,7%
Terra Rica 2,4%