Citricultura deve movimentar R$ 250 milhões na região Noroeste
#IMG02Em 2012, a citricultura deve movimentar R$ 250 milhões em toda a região.
A previsão é do presidente da Sociedade Rural do Noroeste do Paraná (SRNP) e citricultor Gilberto Pratinha, que calcula a produção de 14 milhões de caixas de laranja.
A atividade agrícola está entre as mais importantes para a economia de Paranavaí e dos municípios vizinhos, juntamente à pecuária, à cana-de-açúcar e à mandiocultura.
Segundo Pratinha, o cenário atual não é favorável para a citricultura. “A economia mundial está fraca. A Europa e os Estados Unidos, principais compradores da laranja brasileira, estão em crise”, disse. Por causa disso, há grande oferta do produto, e o resultado não é animador. “Isso derruba o preço e prejudica os produtores. A citricultura não está nos seus melhores momentos”, avaliou o presidente da SRNP.
Números da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) revelam que em toda a região da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar) são 10.500 hectares destinados ao plantio de laranja. A área fica atrás apenas da pecuária, com 846.900 hectares de pastagens, e da cana de açúcar, que representa 137 mil hectares.
De acordo com o presidente da SRNP são aproximadamente 7 mil empregos diretos, e uma situação favorável para os trabalhadores. “Com a produção em alta, é preciso ter mão-de-obra disponível. Houve uma valorização da mão-de-obra, com grande rentabilidade para os trabalhadores”, disse Pratinha.
Só para citar alguns exemplos, estão incluídos neste quadro os transportadores de laranja, os operários de fábricas e as pessoas que trabalham nas lavouras.
Mas falta mão-de-obra. O presidente da SRNP destacou que muitos trabalhadores estão sendo trazidos de outros estados brasileiros, especialmente da região Nordeste do país. “O poder público precisa investir em melhorias que atraiam pessoas para nossa região. É preciso trazer gente para trabalhar”, analisou.
Atividades rurais ocupam mais de 1 milhão de hectares na região
Mais de um milhão de hectares estão destinados às atividades rurais no Noroeste do Paraná. Um levantamento da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) indica que a pecuária é a principal, ocupando 55% da área. Em números absolutos, são quase 578 mil hectares.
A cana-de-açúcar aparece em segundo lugar, com área de 137 mil hectares. A laranja ocupa a terceira posição no ranking das principais culturas da região, com 10.500 hectares de plantio. Para a mandiocultura são mais 55 mil hectares; para a soja, 24 mil; o milho safrinha ocupa 23.500 hectares; e o café, 900.
Considerando as lavouras permanentes e temporárias e as pastagens, as atividades agropecuárias ocupam 81% da extensão rural da região Noroeste, ou seja, quase 847 mil hectares. O restante representa rios, matas, florestas e sedes de fazendas.
De acordo com o pesquisador técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Ênio Luiz Debarba, a produção primária somou R$ 1.843.699.512 em 2011. Várias culturas contribuíram para a região alcançar os quase R$ 2 bilhões: pecuária, avicultura, citricultura e mandiocultura, além do mel, leite, banana e tantos outros setores.
Paranavaí aparece como a principal economia da região, com a produção primária alcançando R$ 237.130.312. Guairaçá aparece na segunda posição, com R$ 109.645.072. Depois, Terra Rica, com R$ 107.821.359. Querência do Norte surge como a terceira produção primária mais importante da região, com R$ 100.831.567. A quarta posição é ocupada por Loanda, que em 2011 acumulou R$ 95.432.780 com a produção primária. (RS)