Clube deve receber até R$ 95 milhões com desmanche
O estrago já está feito, pode ficar ainda pior, mas o Corinthians não tem tempo a perder. Depois de ver o time hexacampeão brasileiro ser desmanchado pelos milhões em dinheiro do futebol chinês, a diretoria agora tem de pensar em como vai utilizar justamente essa dinheiro para recompor seu elenco.
A diretoria sabe que não vai ser fácil. Os valores que o alvinegro vai embolsar com as negociações não são suficientes para contratar jogadores à altura de Renato Augusto, Jadson, Ralf e Vagner Love, os quatro que já deixaram o clube oficialmente.
A busca por reforços também vai exigir de Tite e sua comissão técnica uma boa garimpada no mercado, antes de gastar os R$ 34,7 milhões que já estão nos cofres do clube. O montante ainda poderá saltar para R$ 95,3 milhões caso se confirmem, nos próximos dias, as vendas de Cássio, Elias e Gil.
Na mesma velocidade em que aumentam as saídas de jogadores, cresce também a lista de nomes analisados pela diretoria corintiana.
"Ontem [quinta-feira], o Roberto [de Andrade, presidente] disse que vimos 60 nomes. Hoje, são quase cem. Mas tem aqueles três, quatro nomes que trabalhamos já endireitados. Quem sabe não fechamos nos próximos dias", disse o diretor adjunto de futebol, Eduardo Ferreira.
Apesar da extensa lista, o dirigente negou que o clube tenha interesse no meia Everton, do Flamengo. E esfriou a possibilidade de contratar Marquinhos Gabriel, ex-Santos, que pertence ao Al-Nassr, da Arábia Saudita.
As especulações também não param de surgir. Nomes como o volante Edson, do Fluminense, e até do atacante Leandro Damião, que vive um impasse jurídico com o Santos, foram sondados.
Por enquanto, nenhuma negociação por grandes reforços avançou. E, para alívio da diretoria, até o fim da tarde desta sexta, ninguém também deixou o clube. "Por incrível que pareça, nesta semana são as primeiras 24 horas que não convivemos com sondagens", comemorou Eduardo Ferreira.
"Tudo sobre Gil, Cássio e Elias foi sondagem. Para o clube, nada oficial. Eles seguem normalmente", acrescentou o dirigente alvinegro.