Cobrança da fatura da Copel pelas lotéricas foi debatida na Câmara

O presidente da Câmara Municipal de Paranavaí, vereador José Galvão, recebeu na manhã de segunda-feira representantes do setor de lotéricas e da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para tratar do serviço que deixou de ser prestado à população e já está causando prejuízos.
Desde março, os consumidores não podem mais pagar as contas de luz nas casas lotéricas de todo o Estado Paranaense, após a falta de acordo entre Caixa e Copel.
Em Paranavaí, é possível efetuar o pagamento pessoalmente em apenas 6 pontos credenciados.
Segundo os proprietários das lotéricas conveniadas à Caixa, a prestação do serviço de arrecadação das faturas de luz foi interrompida em decorrência da inviabilidade econômica da manutenção do acordo, tendo em vista que houve aumento significativo nos custos das unidades e o valor da taxa pago por fatura precisa ser reajustado, pois não supre os gastos.
Para o presidente do Sinlopar, Ademar Benvindo Mascarenhas, as lotéricas estão preparadas para receber este tipo de serviço. “Além do mais existe a solidez do pagamento. Mercados, farmácias não estão preparadas para isso, houve uma inversão de função”, disse o sindicalista.
Ele fala ainda que existe uma cultura de pagar contas e receber benefícios na Casas Lotéricas. “As pessoas estão perdidas, não sabem onde pagar a conta. Hoje, no Paraná, as lotéricas empregam mais de 7 mil postos de trabalho. Com esta medida da Copel nosso movimento caiu e os serviços também e a tendência é começar as demissões”, explicou.
O vereador José Galvão se comprometeu em apresentar requerimento solicitando informações à Copel sobre o restabelecimento do serviço à população e ainda endereçar as autoridades estaduais requerendo a intercessão junto à diretoria da Companhia.
“Temos conhecimento que a inadimplência aumentou muito, assim como a população está desassistida pela prestação deste serviço. Das 60 mil faturas de energia na região noroeste, composta por 12 municípios, mais de 80% estão sendo afetadas com a falta do serviço. Não queremos que isto aconteça”, disse Galvão.
Ele acrescentou: “A população sempre utilizou as lotéricas não só para realizar pagamentos como também para receber benefícios sociais. É um serviço que facilita a vida das pessoas e não pode faltar”, afirmou o presidente da Câmara.
Participaram da reunião o gerente da Copel, Agência Paranavaí, Adenilson Villani; o presidente do Sinlopar, Ademar Benvindo Mascarenhas e os empresários lotéricos Carlos Takashi Kayumi e Aguida Sandri Machado; o diretor geral da Câmara, Airton de Melo Gonçalves e o assessor jurídico da presidência, Luciano Pereira Ricato.