Cocamar comemorou 52 anos sólida e em expansão

A Cocamar Cooperativa Agroindustrial completou 52 anos de fundação nesta sexta-feira (dia 27), com a previsão de receber mais de um milhão de toneladas de soja, na safra 2014/15 que está terminando. De milho, a ser colhido no inverno, quase isso.
Em 2014, a cooperativa ficou muito perto de romper a barreira dos R$ 3 bilhões de faturamento, fechou em R$ 2,850 bilhões, mas o patamar histórico deve ser ultrapassado este ano. Nos últimos meses, foram abertas várias unidades novas de recebimento, já são 62 nas regiões Noroeste e Norte do Paraná, Oeste paulista e Sudoeste do Mato Grosso do Sul.
Entre as principais cooperativas agropecuárias do país, a Cocamar passa por um momento vibrante, em que, apesar da crise econômica vivida pelo país, não deixa por menos e planeja dobrar de tamanho até 2020. Até lá, calcula investir R$ 1,3 bilhão na construção de estruturas operacionais para suportar um crescimento vigoroso, que tem sido o seu grande objetivo.
“Não há outro caminho, é crescer ou crescer”, costuma dizer o presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, lembrando que uma organização como a Cocamar tem duas “faces”: uma, a de cooperativa em sua essência, que existe para prestar serviços e agregar renda aos produtores associados; a outra, a de empresa altamente competitiva, que atua com desenvoltura em vários segmentos de mercado.
BALIZAR O MERCADO – Recentemente, durante reunião para marcar a abertura de uma unidade operacional em Iepê (SP), o produtor Pedro Roberto de Souza, dono de 50 alqueires, dos quais 35 cultivados com soja, afirmou que a chegada da Cocamar ao município irá fortalecer o agronegócio regional.
“A concorrência é sempre boa”, disse ele, sem imaginar que uma das funções do cooperativismo é, justamente, balizar o mercado. Ou seja: ela contribui para que os produtores em geral recebam os preços mais justos possíveis por suas safras e paguem também os preços mais justos pelos insumos, impedindo que sejam explorados.
Na região Norte do Paraná, onde se dizia que os preços dos insumos eram historicamente mais caros que os praticados na região polarizada por Maringá, isto já não acontece onde a cooperativa está presente. Operando desde 2010 com quase três dezenas de unidades ali, a Cocamar conseguiu se impor, conquistar a confiança dos produtores e, claro, ser uma referência para o mercado.
CRESCIMENTO – O resultado de tudo isso se pode observar na vertiginosa expansão das vendas de insumos agropecuários, que praticamente dobraram em comparação há três anos, e na pressão que a cooperativa vem sofrendo para ampliar suas estruturas armazenadoras de grãos.
Entre 2014 e início deste ano, a capacidade estática aumentou 10%, de 1,0 milhão para 1,1 milhão de toneladas. E, como foi dito no segundo parágrafo deste texto, há um consistente plano de investimentos até 2020 para a expansão das estruturas.
“Quando os produtores trazem suas safras para a Cocamar, a sensação que eles têm é de tranquilidade e absoluta segurança”, afirma o presidente-executivo José Fernandes Jardim Júnior. Com a vantagem, acrescenta, de que eles estão fortalecendo algo que lhes pertence, e também que os resultados da cooperativa vão retornar em forma de complemento de preços e investimentos.
MAIS PERTO – Investimentos como os que foram feitos nos últimos meses nos distritos de Caramuru e São Martinho, situados, respectivamente, nos municípios de Cambé e Rolândia. Agora, um grande número de produtores dessas localidades, que precisava se deslocar a pontos mais distantes para entregar as safras, passou a contar com a comodidade de ter unidades bem servidas praticamente na porta das propriedades. (Flamma)