Colégios do Noroeste investem em metodologia inovadora

A memorização de macetes e a “decoreba” de fórmulas prontas já não são mais suficientes para garantir um resultado positivo no vestibular. Com a mudança do perfil dos estudantes, a educação formal tende a não cumprir seu papel e, com isso, novas metodologias de ensino surgem nos colégios, adaptando-se a essa realidade.
Em Loanda e Paranavaí, o Colégio Sesi teve a média de 95% de aprovação, sendo que desse número, 50% dos alunos aprovados passaram em mais de um vestibular.
O alto percentual é resultado de uma metodologia fora dos padrões dos tradicionais cursinhos pré-vestibular. O ensino agora prioriza a pesquisa, trabalho em grupo, desenvolvimento do senso crítico e autonomia do aluno.
Para a coordenadora de Educação Integrada do Sistema Fiep em Paranavaí e Loanda, Maria Carolina Fortes, entre as razões para o resultado tão expressivo, está a proposta de um novo modelo de sala de aula, em que os alunos sentam em carteiras dispostas em círculos e não em fileiras, promovendo o debate, pesquisa e trabalho em equipe.
“Além da disposição das carteiras, as turmas são interseriadas (1º, 2º e 3º ano). No futuro, em um ambiente de trabalho, eles terão que lidar com pessoas de lugares e idades diferentes. É necessário que vivenciem as diferenças desde o ensino médio”, afirma.
Além disso, a coordenadora explica que a cada trimestre é oferecida a possibilidade de o aluno escolher um dos temas propostos pelo Sesi em Oficinas de Aprendizagem. “Temos como premissa disciplinas integradas, oficinas com temas atuais, para que se entenda o porquê de estudar aquele conteúdo”, explica.
Nesse tipo de metodologia do futuro, na qual o aluno é o protagonista e aprende de forma mais autônoma, o apoio de tecnologias também está presente. Um exemplo é a sala de aula invertida, em que o conteúdo é visto antes da aula em ambientes virtuais.
O momento presencial é destinado para tirar dúvidas e realizar trabalhos, resultando em uma experiência muito mais rica.
“No período que antecede os vestibulares, propomos atividades que amenizem a ansiedade e o cansaço dos alunos. Com o apoio de ferramentas tecnológicas, damos autonomia para que estudem no momento em que desejem, além da sala de aula”, reforça.
Existem também os aplicativos de ensino, como o App Prova 10. A ferramenta foi criada pelo Colégio Sesi no Paraná e desafia os jovens em uma batalha de perguntas sobre as disciplinas, entre os estudantes logados.
“O período pré-provas é o momento em que o adolescente tem muito conteúdo para rever e precisa dar conta para realizar provas e ter sucesso. O aplicativo é uma alternativa de fixar as matérias e de certa maneira ‘relaxar’ na hora de estudar”, finaliza Maria Carolina.
Mais informações sobre as metodologias do Colégio Sesi podem ser encontradas em www.sesipr.org.br/colegiosesi.

Depoimento ex-aluno:

Ex-aluno do Colégio Sesi de Paranavaí, Gabriel Antonio Roque, de 20 anos, mora atualmente em Portugal. Depois de ter sido aprovado em vários concursos vestibulares, optou por Direito na UniCesumar.
“Foi nessa instituição que coloquei em prática muitas das competências surgidas ou desenvolvidas no colégio, realizando habilmente, por exemplo, pesquisas científicas com o apoio financeiro de agências de fomento. Recebi, por diversas vezes, o prêmio de Melhor Aluno do curso, sendo também selecionado, por mérito acadêmico, para uma bolsa de intercâmbio. Escolhi a Faculdade de Direito da Universidade do Porto, onde hoje realizo uma experiência internacional”.
Gabriel assegura que encontrou no Colégio Sesi ambiente propício para que se desenvolvessem suas potencialidades individuais e sociais. “Aprendi a olhar o mundo a partir de múltiplas perspectivas, despindo-me de preconceitos e visões unilaterais e me abrindo a novos horizontes e possibilidades, em um exercício permanente de empatia e alteridade. Pude também perceber a importância e a imprescindibilidade do trabalho em equipe, lição essa que levarei por toda minha vida”.