Coloninha e Jardim Matarazzo se transformaram com obras do PAC

Após uma rápida volta na Coloninha do São Jorge e no Jardim Matarazzo é possível verificar a transformação que os bairros sofreram nos últimos tempos. A vida dos moradores melhorou com a construção das galerias de captação da água de chuva e com o tão sonhado asfalto. O investimento foi do Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Essas obras provocaram a criação de novos loteamentos e é visível como existem novas construções nos bairros. Os moradores ressaltam que houve valorização dos imóveis e aumento populacional. Porém, o conjunto de mudanças teve como consequência o aumento de velhos problemas. As pessoas reclamam da falta de vaga nas creches, na escola de período integral e no posto de Saúde.
MORADORES – O desempregado Mauro Sanches, 63 anos, mora na Coloninha há 25 anos e ressalta que sua vida melhorou 90% com a implantação da galeria e do asfalto. Ele mora com a sua esposa em uma das últimas ruas do bairro. “Antes era ruim quando chovia porque a lama não permitia que a circular chegasse até aqui. Quando fazia sol era difícil suportar a poeira. Hoje eu estou no paraíso”, disse o morador.
Já o aposentado Pedro Moreira de Souza (Ninico), 52 anos, chegou na Coloninha com 12 anos. Ele relembra do tempo em que brincava no antigo buracão. Do local só ficaram as lembranças porque hoje o “buracão” virou loteamento. “O bairro sofreu uma transformação, cresceu e ficou valorizado. Antes era possível comprar um terreno por R$ 15 mil. Hoje um lote vale de R$ 40 a R$ 50 mil. Agora é preciso melhorar a saúde, não é possível ter que dormir na frente do posto de saúde para conseguir um atendimento”, falou Ninico.
A casa do pedreiro Celso Antônio de Araújo, 46 anos, passa por uma reforma para tirar os trincados e suas paredes estão sendo rebocadas. Com ele e a esposa também moram seis filhos. O pedreiro ficou motivado para fazer a reforma depois que o asfalto passou em sua rua há 30 dias. “Achei que estava na hora de dar uma investida e arrumar minha casa”, comentou Araújo.
Há dois anos o aposentado Miguel Joaquim Vieira, 73 anos, realizou o sonho e comprou a própria casa na Coloninha do São Jorge. Hoje ele comemora a aquisição que valorizou com a chegada do asfalto. Vieira planeja fazer a calçada na frente de sua casa. “Existe a conversa que logo chegará o esgoto. Vou esperar passar a rede para fazer a calçada”, explicou o aposentado.
O vigilante José Carlos Ros, 52 anos, mora há mais de 20 anos no Jardim Matarazzo e comentou que para o lugar ficar perfeito teria que haver investimentos para levar indústrias para a região. “Aqui é muito bom para morar e minha casa teve uma grande valorização com o asfalto. Se houvesse indústrias seria perfeito porque desenvolveria de vez. Acredito que é possível fazer isso com incentivo aos empresários”, disse o morador.
Até mesmo quem ainda não foi beneficiado com o asfalto conta os dias para poder também ser contemplado. O aposentado Dionísio Lopes da Silva, 66 anos, mora há sete anos no Jardim Matarazzo e acredita que até o final do ano sua rua será beneficiada também. “Pra mim tá perfeito, mas penso no asfalto por causa da mulher. Ela reclama de quando chove”, disse Silva.