COLUNA ESPAÇO EMPRESARIAL
Olá caro leitor, no último domingo, dia 06 de julho, fiz uma pausa nesta série dos Segredos de Jack Welch, e escrevi um artigo onde fiz uma análise de aspectos positivos e negativos de liderança do Filipão daquela fatídica partida de Futebol entre Brasil e Alemanha, na copa do Brasil, pois, em todas as situações da vida se aprende algo positivo, sobretudo nos momentos ruins, de dor ou sofrimento. Contudo, hoje regresso ao nosso tema central, e o título do segredo cinco é “Incentive os colaboradores que partilham dos valores da empresa”. Vamos conhecer os quatro perfis ou tipos de profissionais que Welch constantemente avaliava enquanto presidente da GE. A propósito, antes de conhecer os tipos de colaboradores, como você, caro leitor, avalia sua equipe? Quais os critérios de avaliação, ou você não utiliza nenhum para saber quem permanece ou será dispensado na empresa? Quais os perfis da sua equipe? Ou você sequer pensou nisso nos últimos doze meses?
Pois bem, vamos então compreender como Welch avaliava sua equipe na General Eletric. Para ele há quatro perfis de profissionais, sejam eles líderes ou não. A. Cumpre os compromissos e obrigações e Partilha os valores da empresa. B. Não Cumpre os compromissos e obrigações e Não Partilha os valores da empresa. C. Deixa a desejar nos compromissos e obrigações e Partilha os valores da empresa e o D. Cumpre os compromissos e obrigações e Não Partilha os valores da empresa. Mais adiante vamos esmiuçar esta forma de avaliar pessoas na empresa e como proceder com cada um deles, segundo Welch. Antes, como de costume e de forma didática quero lembrar os segredos dos artigos anteriores, e também reforçar que esta série é baseada na experiência do mestre Jack Welch, eleito Líder do século XX pela Revista Fortune, em seu livro que se tornou Best Seller, “OS 29 SEGREDOS DE JACK WELCH”.
No primeiro artigo, “Segredo 1”, o tema foi: “Explore o Poder da Mudança”, onde descrevi brevemente a biografia de Welch, de suas conquistas e resultados alcançados durante os 20 anos à frente do conglomerado de empresas da General Eletric, que teve início na primavera de 1981. Neste segredo a máxima dele é, “mude antes que seja tarde demais”, o que ele quer dizer é que todos devem estar abertos e preparados para mudanças, pois a única certeza no mundo dos negócios e também na vida é que nada é estático por muito tempo, e que tudo se altera com certa frequência, quer queiramos ou não, é curso natural das coisas.
Já no segundo artigo, “Segredo 2” o tema foi: “Encare a Realidade”, que é descobrir e encarar a realidade no que diz respeito a Pessoas, Situações e Produtos, para depois agir decisiva e rapidamente sobre essa realidade. Significa descobrir o que tem que ser feito e fazê-lo, não importando o quão doloroso isso possa ser. Ele chamou esse processo de “reestruturação”, afinal Jack estava decidido a tornar a GE na primeira ou na segunda melhor empresa do mundo nos segmentos onde ela atuava, e queria deixar isso bem claro não somente aos colaboradores, acionistas, mas principalmente aos clientes da marca em todo o mundo.
No terceiro artigo, “Segredo 3” sob o tema “Gerenciar menos é gerenciar melhor”, Welch propõe que os líderes e gerentes gerenciem menos. Mas como? Que deem mais liberdade de ação aos colaboradores. Com isso Jack não está dizendo para abandonar sua empresa ou ir passear e deixá-la relegada à sorte de seus colaboradores, e sim que os líderes “criem um ideal”, ou seja, analise e identifique o ideal do que você espera do seu negócio, depois comunique claramente isso a toda a empresa, setor a setor, e certifique-se de que este ideal seja levado em conta diariamente. Somente a partir daí é que você deve gerenciar menos, interferir menos e apenas acompanhar os resultados deste ideal.
No quarto artigo, “Segredo 4” sob o tema “Crie um ideal, depois saia do caminho”, Jack Welch é totalmente contra os modelos de liderança e gestores que ainda atuam na esmagadora maioria das empresas pelo mundo, que é aquele que supervisiona, burocratiza, interfere, controla, age como um chefão e tem ar de saber mais que todos, estes, segundo Welch não inspiram ninguém. Para ele, um verdadeiro líder abre mão de autoridade gerencial e facilita, simplifica, capacita, mune sua equipe com informações, permite que pensem por si próprios, inspira as pessoas a melhorar seus resultados e os elogia, reconhece e recompensa quando isso acontece.
Agora vamos conhecer o Quinto Segredo de Jack Welch:
INCENTIVE OS COLABORADORES QUE PARTILHAM OS VALORES DA EMPRESA!
“…O mais do mundo é irmos contra alguém que cumpre seus compromissos e obrigações, mas se afasta dos valores da empresa”.
Quando perguntado “Quais as características de um bom líder?” Welch prontamente respondeu: “É alguém que supervisiona menos, que delega decisões-chave e importantes, que permite que seus subordinados tenham liberdade para opinar. E mais, um bom líder tem bom senso de autorizar que sua equipe implemente ideias criadas por eles mesmos, e consequentemente obtém o máximo de seu time, estimulando-os a correrem riscos e a assumir responsabilidades”. Ele está convencido que um colaborador assume mais responsabilidade quando a palavra final é dela.
Para Welch um bom líder tem que ter a capacidade de avaliar os quatro perfis em que Jack se baseia para tomar decisões de quem continua ou será demitido da empresa. E esta avaliação deve ser constante e tem que estar bem clara na cabeça de um gestor ou líder. Este tem que avaliar cada indivíduo de sua equipe através deste método. Para ele dois perfis têm que ser sumariamente dispensados da companhia que são o “B” e o “D”. O mais fácil de dispensar é o tipo B, pois este não cumpre com seus compromissos e não partilha dos valores da empresa. Não é preciso racionar muito para chegar a esta conclusão. Mas o tipo D não tão simples, porque segundo Welch, uma das decisões mais difíceis é dispensar alguém que cumpre ou dá resultado em números para a empresa. Afinal, a empresa precisa de números, seja em vendas ou produtividade. Mas por outro lado, apesar dos números, tem que agir com a razão e demitir as pessoas do tipo D, pois, em momentos de calmaria ele estará ali, mas basta alguma turbulência ele é primeiro a saltar do barco, afinal, apesar de dar resultado, não partilha os valores e pouco ou nada se importa com a companhia, apenas está ali pelo mero retorno financeiro. E também é um indivíduo que causa conflitos porque pode instigar outras pessoas que partilham dos valores, a mudar seu modo de ser e de estar na empresa. Portanto, estes indivíduos tipo D, apesar de seus números, devem ser dispensados da empresa juntamente com o B.
Mas e o tipo C? Para Welch, este indivíduo deve ter a chance de permanecer na empresa, afinal, ele tem dificuldades com seus números, compromissos e obrigações, mas partilha dos valores da empresa. É preciso identificar suas lmitações. Ele precisa ser trabalhado, orientado, instruído, treinado e capacitado para superar suas dificuldades de performace. Somente após um exaustivo trabalho de suporte e apoio a este indivíduo, inclusive, se necessário, remanejando-o de setor, se necessário, e se ainda assim, não conseguir os resultados esperados é que se deve dispensá-lo. Para Welch, partilhar os valores da empresa tem a ver com caráter, por isso são pessoas que respeitam a marca e que de fato gostam da companhia, têm sentimento pela empresa e por isso precisam ser valorizadas. E quando vier momentos de tempestade raramente abandonam o barco. No mundo dos negócios não se pode ter pessoas medianas, não se pode ser um líder fraco, é preciso energia e capaciadde de energizar todo um time, além do mais é essencial para o sucesso cercar-se dos melhores. Se quer ganhar o jogo é preciso ter as melhores pessoas para cada posição. Jack é muito claro nisto, tenha os melhores, certifique-se de que está com uma equipe de ponta. Caso contrário as chances de fracasso e perder o jogo são imensamente maiores. Afinal, a concorrência é extremamente agressiva no mundo empresarial.
. Portanto, concluo este Quinto segredo citando as Regras de Welch acerca deste tema: 1º. Dê responsabilidade à equipe e eles tomarão as melhores decisões: Você aumentará a produtividade da empresa ao conceder maior responsabilidade sujeita à prestação de contas. 2º. Mantenha e incentive aqueles que seguem e compartilham os valores da empresa: Ainda que alguns não vêm apresentando números e produtividade satisfatória, estes não vão ser demitidos antes de tentar ajudá-lo. 3º. Dispense imediatamente os colaboradores que não partilham os valores da empresa, mesmo que sejam bons em números e desempenho: Esta é uma das decisões mais difíceis de se fazer, mas precisa ser feita. Mantê-los, pode ser bom para a empresa apenas em tempos de bonanza, mas em momentos de crise eles o abandonarão sem pestanejar.
Mais uma vez espero que esta série promova crises internas em você. Pois elas ampliarão seus horizontes e gerarão novas perspectivas e maneiras de ver sua liderança. Até próximo Segredo!
Fonte:
Os 29 Segredos de Jack Welch: CEO da GE/Robert Slater
Editora Campus, Rio de Janeiro, 2001.
Pense nisso!
Pois bem, vamos então compreender como Welch avaliava sua equipe na General Eletric. Para ele há quatro perfis de profissionais, sejam eles líderes ou não. A. Cumpre os compromissos e obrigações e Partilha os valores da empresa. B. Não Cumpre os compromissos e obrigações e Não Partilha os valores da empresa. C. Deixa a desejar nos compromissos e obrigações e Partilha os valores da empresa e o D. Cumpre os compromissos e obrigações e Não Partilha os valores da empresa. Mais adiante vamos esmiuçar esta forma de avaliar pessoas na empresa e como proceder com cada um deles, segundo Welch. Antes, como de costume e de forma didática quero lembrar os segredos dos artigos anteriores, e também reforçar que esta série é baseada na experiência do mestre Jack Welch, eleito Líder do século XX pela Revista Fortune, em seu livro que se tornou Best Seller, “OS 29 SEGREDOS DE JACK WELCH”.
No primeiro artigo, “Segredo 1”, o tema foi: “Explore o Poder da Mudança”, onde descrevi brevemente a biografia de Welch, de suas conquistas e resultados alcançados durante os 20 anos à frente do conglomerado de empresas da General Eletric, que teve início na primavera de 1981. Neste segredo a máxima dele é, “mude antes que seja tarde demais”, o que ele quer dizer é que todos devem estar abertos e preparados para mudanças, pois a única certeza no mundo dos negócios e também na vida é que nada é estático por muito tempo, e que tudo se altera com certa frequência, quer queiramos ou não, é curso natural das coisas.
Já no segundo artigo, “Segredo 2” o tema foi: “Encare a Realidade”, que é descobrir e encarar a realidade no que diz respeito a Pessoas, Situações e Produtos, para depois agir decisiva e rapidamente sobre essa realidade. Significa descobrir o que tem que ser feito e fazê-lo, não importando o quão doloroso isso possa ser. Ele chamou esse processo de “reestruturação”, afinal Jack estava decidido a tornar a GE na primeira ou na segunda melhor empresa do mundo nos segmentos onde ela atuava, e queria deixar isso bem claro não somente aos colaboradores, acionistas, mas principalmente aos clientes da marca em todo o mundo.
No terceiro artigo, “Segredo 3” sob o tema “Gerenciar menos é gerenciar melhor”, Welch propõe que os líderes e gerentes gerenciem menos. Mas como? Que deem mais liberdade de ação aos colaboradores. Com isso Jack não está dizendo para abandonar sua empresa ou ir passear e deixá-la relegada à sorte de seus colaboradores, e sim que os líderes “criem um ideal”, ou seja, analise e identifique o ideal do que você espera do seu negócio, depois comunique claramente isso a toda a empresa, setor a setor, e certifique-se de que este ideal seja levado em conta diariamente. Somente a partir daí é que você deve gerenciar menos, interferir menos e apenas acompanhar os resultados deste ideal.
No quarto artigo, “Segredo 4” sob o tema “Crie um ideal, depois saia do caminho”, Jack Welch é totalmente contra os modelos de liderança e gestores que ainda atuam na esmagadora maioria das empresas pelo mundo, que é aquele que supervisiona, burocratiza, interfere, controla, age como um chefão e tem ar de saber mais que todos, estes, segundo Welch não inspiram ninguém. Para ele, um verdadeiro líder abre mão de autoridade gerencial e facilita, simplifica, capacita, mune sua equipe com informações, permite que pensem por si próprios, inspira as pessoas a melhorar seus resultados e os elogia, reconhece e recompensa quando isso acontece.
Agora vamos conhecer o Quinto Segredo de Jack Welch:
INCENTIVE OS COLABORADORES QUE PARTILHAM OS VALORES DA EMPRESA!
“…O mais do mundo é irmos contra alguém que cumpre seus compromissos e obrigações, mas se afasta dos valores da empresa”.
Quando perguntado “Quais as características de um bom líder?” Welch prontamente respondeu: “É alguém que supervisiona menos, que delega decisões-chave e importantes, que permite que seus subordinados tenham liberdade para opinar. E mais, um bom líder tem bom senso de autorizar que sua equipe implemente ideias criadas por eles mesmos, e consequentemente obtém o máximo de seu time, estimulando-os a correrem riscos e a assumir responsabilidades”. Ele está convencido que um colaborador assume mais responsabilidade quando a palavra final é dela.
Para Welch um bom líder tem que ter a capacidade de avaliar os quatro perfis em que Jack se baseia para tomar decisões de quem continua ou será demitido da empresa. E esta avaliação deve ser constante e tem que estar bem clara na cabeça de um gestor ou líder. Este tem que avaliar cada indivíduo de sua equipe através deste método. Para ele dois perfis têm que ser sumariamente dispensados da companhia que são o “B” e o “D”. O mais fácil de dispensar é o tipo B, pois este não cumpre com seus compromissos e não partilha dos valores da empresa. Não é preciso racionar muito para chegar a esta conclusão. Mas o tipo D não tão simples, porque segundo Welch, uma das decisões mais difíceis é dispensar alguém que cumpre ou dá resultado em números para a empresa. Afinal, a empresa precisa de números, seja em vendas ou produtividade. Mas por outro lado, apesar dos números, tem que agir com a razão e demitir as pessoas do tipo D, pois, em momentos de calmaria ele estará ali, mas basta alguma turbulência ele é primeiro a saltar do barco, afinal, apesar de dar resultado, não partilha os valores e pouco ou nada se importa com a companhia, apenas está ali pelo mero retorno financeiro. E também é um indivíduo que causa conflitos porque pode instigar outras pessoas que partilham dos valores, a mudar seu modo de ser e de estar na empresa. Portanto, estes indivíduos tipo D, apesar de seus números, devem ser dispensados da empresa juntamente com o B.
Mas e o tipo C? Para Welch, este indivíduo deve ter a chance de permanecer na empresa, afinal, ele tem dificuldades com seus números, compromissos e obrigações, mas partilha dos valores da empresa. É preciso identificar suas lmitações. Ele precisa ser trabalhado, orientado, instruído, treinado e capacitado para superar suas dificuldades de performace. Somente após um exaustivo trabalho de suporte e apoio a este indivíduo, inclusive, se necessário, remanejando-o de setor, se necessário, e se ainda assim, não conseguir os resultados esperados é que se deve dispensá-lo. Para Welch, partilhar os valores da empresa tem a ver com caráter, por isso são pessoas que respeitam a marca e que de fato gostam da companhia, têm sentimento pela empresa e por isso precisam ser valorizadas. E quando vier momentos de tempestade raramente abandonam o barco. No mundo dos negócios não se pode ter pessoas medianas, não se pode ser um líder fraco, é preciso energia e capaciadde de energizar todo um time, além do mais é essencial para o sucesso cercar-se dos melhores. Se quer ganhar o jogo é preciso ter as melhores pessoas para cada posição. Jack é muito claro nisto, tenha os melhores, certifique-se de que está com uma equipe de ponta. Caso contrário as chances de fracasso e perder o jogo são imensamente maiores. Afinal, a concorrência é extremamente agressiva no mundo empresarial.
. Portanto, concluo este Quinto segredo citando as Regras de Welch acerca deste tema: 1º. Dê responsabilidade à equipe e eles tomarão as melhores decisões: Você aumentará a produtividade da empresa ao conceder maior responsabilidade sujeita à prestação de contas. 2º. Mantenha e incentive aqueles que seguem e compartilham os valores da empresa: Ainda que alguns não vêm apresentando números e produtividade satisfatória, estes não vão ser demitidos antes de tentar ajudá-lo. 3º. Dispense imediatamente os colaboradores que não partilham os valores da empresa, mesmo que sejam bons em números e desempenho: Esta é uma das decisões mais difíceis de se fazer, mas precisa ser feita. Mantê-los, pode ser bom para a empresa apenas em tempos de bonanza, mas em momentos de crise eles o abandonarão sem pestanejar.
Mais uma vez espero que esta série promova crises internas em você. Pois elas ampliarão seus horizontes e gerarão novas perspectivas e maneiras de ver sua liderança. Até próximo Segredo!
Fonte:
Os 29 Segredos de Jack Welch: CEO da GE/Robert Slater
Editora Campus, Rio de Janeiro, 2001.
Pense nisso!
Milton Nogueira
Consultor Empresarial/Life Empresas/ www.lifemepresas.com.br
Experiência como Diretor Comercial na Europa de 2007-2012
Instrutor Curso de Liderança
Diretor Comercial da Oliver Média/ www.olivermedia.com.br
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Teólogo,
Pós-graduado em Marketing e Gestão de Pessoas, Coaching Nível I/Escola de Coaching Portal do Ser – Portugal