Com 13 milhões de desempregados, não me sinto estimulado a comemorar, diz Lorenzetti

Às vésperas da comemoração do Dia do Trabalho, o ex-prefeito de Paranavaí, Rogério Lorenzetti (PSD), disse que não se sente estimulado a comemorar o 1º de Maio “em respeito aos brasileiros que estão angustiados em busca de um emprego. São quase 13 milhões de desempregados hoje no Brasil”.
Ao analisar o assunto, ontem, Lorenzetti diz que o Brasil precisa gerar muito mais postos de trabalho do que aparenta. “São quase 13 milhões de desempregados. Mas o país precisa criar, rapidamente, 26 milhões de novos empregos, para atender também os trabalhadores subutilizados no país, grupo que reúne pessoas que poderiam trabalhar, mas estão desocupadas e aqueles que trabalham menos de 40 horas por semana. Esses dados são oficiais do IBGE e refere-se ao último trimestre do ano passado”.
Lorenzetti, que é pré-candidato a deputado federal, defende uma “política robusta de geração de empregos”. Na sua avaliação, “não haverá justiça social neste país enquanto tivermos este enorme exército de desempregados”.
O ex-prefeito de Paranavaí assinala que o Brasil precisa trabalhar em três eixos para promover a geração de empregos: desenvolvimento econômico, desoneração da folha de pagamentos e amplo programa de qualificação de mão de obra.
“Precisamos de ações claras e muito fortes nestas áreas para a criação de novos postos de trabalhos”, sentencia ele.
As atuais conquistas econômicas, na avaliação de Lorenzetti, não faz muito sentido com este grande número de desempregados.
“Temos tido nos últimos meses algumas conquistas econômicas. A principal delas é a gigantesca queda do índice de inflação, que, em tese, segura os preços e pode até baixá-los. Mas quem está desempregado não pode comprar nada, seja caro ou barato. E sem consumo a roda da prosperidade não gira”, define o ex-prefeito.