Com salário atrasado, técnico do Sub-23 do Vermelhinho faz apelo

O Atlético de Paranavaí passa por sérios problemas financeiros por conta do salário atrasado a funcionários, ao treinador das categorias de base e para parte dos atletas.
A crise foi desencadeada pela parceria frustrada com o investidor André Astorga, aliado da diretoria quando da disputa do Paranaense da 2ª Divisão. Com promessas de aporte de recursos financeiros, a parceria fracassou, os atrasos nos pagamentos foram se acumulando, culminando com o rompimento do contrato.
A crise ainda persiste, agora com o Vermelhinho disputando o Paranaense Sub-23, utilizando-se de jogadores, em sua maioria, das categorias de base. O técnico Amarildo de Souza, o Chicletão, era só lamento ontem por conta da situação. Ele não recebe salário há pelo menos cinco meses.
“Falaram que se acabasse a parceria com o André Astorga, que apareceria gente disposta a ajudar. Mas já são uns 15 dias que a parceria terminou e nada de nossos salários serem normalizados. Não temos nem promessas de quando vamos receber”. De acordo com Chicletão, neste dia 10 completam seis meses de salário em atraso.
O treinador espera uma mobilização dos empresários da cidade para sanar a situação delicada. Estima-se que o clube precisa de algo em torno de R$ 100 mil para amenizar momentaneamente a situação.
“Aqui têm pais de famílias, temos que comer, se locomover, não temos mais argumentos para falar com os credores. Corremos risco de chegar em casa e ter a energia elétrica cortada, as torneiras secas e as latinhas vazias. Que os empresários se sensibilizem, afinal o ACP é nosso. Estamos aqui pra não deixar fechar as portas, eles precisam se unir, nos dar essa alegria. A situação está muito complicada”, lamentou o treinador, que já defendeu o clube como jogador.
JOGO FORA – E neste ambiente, o time Sub-23 se preparou para jogar nesta quarta-feira pela Taça FPF. O jogo contra Foz do Iguaçu deveria ser disputado no Estádio WW, mas o Vermelhinho perdeu o mando do jogo, e vai atuar na cidade de Apucarana (15h30).
O clube perdeu o mando por decisão do TJD-PR ao julgar o fato de um torcedor arremessar um copo em um dos assistentes quando do jogo contra o Maringá FC, pela 2ª Divisão. O clube ainda foi multado em R$ 10 mil.
Novamente sem poder contar com todo o elenco por problemas de registro no BID, o técnico Chicletão parte para novas improvisações em algumas posições.
O elenco que segue para Apucarana é este: Romero, Alan Bastos, Neto, Teti, Souza, Davi, Eder, Luizinho, Breno, Jackson, Chimbinha, Paulista, Felipe, Guilherme, Maykon e Vitor Hugo.
“Enquanto tivermos pernas iremos lutar, pois sem preparador físico fica difícil competir no condicionamento físico. A única equipe sem esse profissional é a nossa, infelizmente, e a diretoria avisou que não tem condições de contratar um profissional agora”, disse o técnico. (Colaborou: José C. Avelar)