Comandante geral anuncia 70 novospoliciais para as cidades do 8º Batalhão

O comandante geral da Polícia Militar do Paraná, coronel César Vinícius Kogut, anunciou na manhã de ontem em Paranavaí que o 8º BPM ganhará 70 novos soldados. Destes, 40 serão formados em uma Escola de Soldados PM em Paranavaí e outros 30 em Maringá. Kogut também afirmou que o Governo do Estado analisa transformação da Companhia de Loanda em Batalhão.

A Escola de Soldados terá início no próximo dia 11 de novembro. O curso deverá ter seis meses de aulas teóricas e outros cinco meses de ensinamentos práticos. O comandante disse que optou por montar apenas uma turma na cidade para não sobrecarregar a estrutura operacional.
Mesmo assim, o coronel lembrou que não haverá prejuízo, pois outros 30 alunos farão a escola em Maringá e depois prestarão serviço na área de abrangência do 8º BPM. “Se montássemos duas turmas teríamos que promover instruções em dois períodos. Isso prejudicaria os trabalhos nas ruas”, disse Kogut.
O comandante falou que assim que formar essas duas turmas serão convocados mais soldados. A previsão é que cinco mil novos policiais militares ingressem na corporação nos próximos anos. “O Governador sabe da necessidade de completar o nosso efetivo que está defasado”, disse o oficial.
LOANDA – Kogut confirmou que existem estudos para a implantação de um Batalhão na cidade de Loanda, onde atualmente funciona uma Companhia. Para que isso aconteça, deverá haver mais efetivo e orçamento para viabilizar a proposta.
O coronel comentou que existe uma preocupação com a região. Porém analisa não fazer sentido criar uma estrutura que não trará benefícios para as cidades. Ele comentou que no momento o correto é proporcionar uma condição melhor dentro da estrutura existente.
“Com esses 70 novos soldados daremos uma estrutura melhor para os destacamentos que hoje sofrem com a falta de policiais. Depois veremos como ficará o funcionamento e pensaremos na viabilidade da criação desse novo batalhão”, comentou.
POLÊMICAS – O comandante foi surpreendido sobre o questionamento sobre os repasses para a manutenção de veículos. Somente na área de Paranavaí são sete viaturas que estão sendo consertadas e haveria casos em que o pagamento dos serviços estaria atrasado há meses.
Kogut admitiu atraso no pagamento e disse que os recursos serão liberados em breve e que isso não compromete os trabalhos na unidade. “Estamos providenciando formas para agilizar o pagamento e com isso diminuir o tempo nas oficinas. O importante é que não está gerando prejuízo no atendimento da população”, explicou.
HOMENAGEM – Durante a visita o comandante geral recebeu uma placa das mãos do diretor de trânsito de Paranavaí, Gilmar Narcizo Lopes. A homenagem foi referente à passagem de Kogut pelo Comando do 8º Batalhão nos anos de 2005 e 2006.
Além dos oficiais do 8º BPM, estiveram presentes o deputado estadual Antônio Teruo Kato e o prefeito Rogério Lorenzetti, que representou o presidente da Amunpar, Cláudio Golemba.
Membros do Conselho Comunitário de Segurança também estiveram presentes e agradeceram ao comandante pelas duas turmas de soldados. Eles pediram para que no próximo ano a região seja novamente beneficiada com mais policiais para completar o efetivo.
Após as reuniões de trabalho foi servido um almoço que contou com a presença dos deputados estaduais João Douglas Fabrício, Wilson Quinteiro, Nelson Luersen e Cleiton Kielse. Eles haviam participado de uma audiência pública da CPI (comissão parlamentar de inquérito) dos Pedágios.

QUALIDADE DAS MUNIÇÕES

Outra explicação dada pelo coronel César Vinícius Kogut foi sobre a munição utilizada pelos policiais. A polêmica foi levantada depois da troca de tiros entre uma policial militar, de Paranavaí, e um ladrão. Três pessoas morreram na tentativa de assalto a um ônibus, próximo a Nova Esperança. A policial, que estava à paisana, o ladrão e uma passageira.
Kogut foi categórico em afirmar que a munição utilizada pela Polícia Militar não é de guerra e segue padrões internacionais de qualidade. “A PM não tem o objetivo de matar. Temos o objetivo de acabar com a agressão. Por isso, escolhemos a arma calibre 40, que tem grande poder de impacto”, falou o coronel.