Começo da Série D registra calote em árbitros e prejuízo em 68% dos jogos

A Série D, última divisão do Campeonato Brasileiro, começou com prejuízo financeiro em 11 dos 16 jogos do fim de semana. Ou seja, em 68,7% da rodada inaugural, os clubes mandantes pagaram mais do que receberam para jogar.
Os borderôs das partidas, publicados no site da CBF, mostram que, ao todo, 18.704 pessoas compraram ingresso -média de 1.169 por jogo.
Só em São Paulo 0x1 Chapecoense-SC no Morumbi, sábado (19), pela Série A, houve 42.979 pagantes, por exemplo. O time paulista embolsou R$ 731.860,15 líquidos.
O maior valor recebido na abertura da Série D foi de R$ 70.081,85, obtido pelo Remo-PA no empate de 1 a 1 com o Moto Club-MA na paraense Bragança, domingo (20), graças à contribuição de 4.627 torcedores. Já o público recorde coube aos 5.072 pagantes de Porto-PE 1×0 Globo-RN na pernambucana Caruaru.
O Santos-AP, que venceu o Princesa do Solimões-AM por 2 a 1 em Macapá, amargou o saldo mais negativo: débito de R$ 7.713,28. Só 214 indivíduos pagaram ingresso.
CALOTE – O prejuízo de R$ 5.073,14 na bilheteria da derrota por 1 a 0 diante do Anapolina-GO, domingo (20), fez o Itaporã-MS dar um calote nos responsáveis pela arbitragem.
Somente 167 pagaram ingresso para o confronto em Dourados, a 16 km da cidade do time. A entrada mais cara custava R$ 20.
O árbitro Marcelo Prieto Alfieri, de São Paulo, relatou na súmula da partida a dívida e a explicação do presidente do clube, Dione Lima. "Informou que não dispunha de recursos financeiros para pagamento da equipe de arbitragem e assessor", escreveu.
O borderô aponta que o total das despesas chegou a R$ 6.958,14. Também não foram pagos alguns impostos, exame antidoping e pessoas que trabalharam no estádio. A Prefeitura de Dourados não cobrou pelo aluguel do campo. "Já quitei R$ 4.000 da arbitragem. Faltam R$ 3.400 mil", disse Lima à reportagem.