Comissão fará estudo sobre viabilidade da proposta de duplicação entre PR e MS

Uma comissão foi designada para fazer estudo de viabilidade técnica, social e econômica da proposta de duplicação da BR-376, trecho entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul, a partir do Porto São José, no Extremo-Noroeste paranaense. 
A decisão foi tomada ontem pela manhã na reunião que tratou do tema. O encontro foi na Federação da Agricultura do Mato Grosso do Sul – Famasul, em Campo Grande. 
O líder ruralista, coordenador da chamada Sociedade Civil Organizada, Demerval Silvestre, diz que, além da Famasul, farão parte desta comissão representantes da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja) e Organização das Cooperativas do Mato Grosso do Sul (OCMS). 
Silvestre diz que a elaboração do estudo técnico demandará poucos recursos e serão arcados pelas entidades parceiras na proposta de conquistar o benefício para os dois estados. Silvestre cita que o objetivo é ter um amplo estudo para apresentar às autoridades do Paraná e do Mato Grosso do Sul. 
Pelo lado paranaense, as lideranças vão propor audiências com o governador Beto Richa, na Assembleia Legislativa e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit), quando defenderão a proposta. 
As lideranças do estado vizinho farão igual mobilização, somando esforços para a aprovação da iniciativa, elaboração dos projetos e busca de recursos. 
A ideia deste estudo, ainda em fase inicial, é formar uma Parceria Público-Privada (PPP) para tornar viável o projeto. No modelo proposto, haverá pelo menos uma praça de pedágio no trajeto.
A duplicação segue a partir de Paranavaí, cujas obras estão em andamento, passando pelo Porto São José (Rio Paraná), chegando até Taquarussu (MS). O projeto envolve a atual BR-376, a PR-577 e a MS-473, totalizando 120 km.
Pela proposta, as rodovias estaduais serão federalizadas (passando a ser BR-376, como já ocorreu no passado), abrindo espaço para os contratos de parceria e execução. No Paraná trata-se do trecho entre Nova Londrina e o Porto São José, da PR-577.
De acordo com Silvestre, de imediato o Mato Grosso do Sul ganharia com a redução da distância até o porto de pelo menos 80 quilômetros. 
Para o Paraná, lucro também por conta do aumento da competitividade do Porto de Paranaguá, que passaria a receber parte dos produtos de exportações do estado vizinho. O investimento estimado é de R$ 850 milhões.
Nesta primeira reunião, além de tratar dos encaminhamentos, as lideranças assistiram a um vídeo em 3D, quando puderam ter noção de como ficará a nova BR duplicada, caso seja viabilizado o projeto.
O encontro contou com a presença do presidente da Famasul, Mauricio Koji Saito; do presidente da Aprosoja, Cristiano Bortolotto; Sadi de Pauli, da OCMS; João Paulo Tonetti, pela Micropar; Ivo Pierin Júnior, presidente do Sindicato Rural de Paranavaí; João Carlos Leonello, Sérgio Luiz Maybuk e Onivaldo Izidoro Pereira, representantes da Unespar; além de outras lideranças de entidades de classe e de serviços.