Como descobrir tesouros no ser humano

A mais importante de todas as atividades é escavar profundamente o nosso interior.
Aquele que não escava o seu interior só poderá utilizar suas forças superficiais. Mesmo para cultivarmos boas verduras ou para conseguirmos boas colheitas de arroz, precisamos arar profundamente o solo. Na escavação de minério, se escavarmos profundamente, encontraremos tesouros que nem imaginávamos.
Ao escavarmos o nosso interior, não precisamos indagar qual é o objetivo imediato. O subsolo, nós podemos escavá-lo mesmo que seja para encontrar apenas a água potável. Não importa qual seja o objetivo imediato, se continuarmos escavando cada vez mais profundamente, encontraremos com certeza alguma coisa preciosa. Não obstante estejamos buscando apenas água potável, acabaremos encontrando carvão, prata, ouro, rádio e outros minérios preciosos.
O mesmo ocorre com o homem. Aquele que se contenta apenas com a força manifestada atualmente não poderá descobrir outros valores que possui dentro de si; mas aquele que escava agora o seu interior encontrará coisas mais valiosas do que ele está almejando encontrar. O importante é continuarmos escavando o nosso interior com todo esforço, sem pensarmos naquilo que vamos encontrar no fim. Mas podemos acreditar que encontraremos infalivelmente algo muito mais valioso do que aquilo que estamos buscando agora. Isto porque em nosso interior há uma jazida secreta infinita (a Natureza Divina), infinitamente mais rica do que os veios de minério do subsolo.
O “eu carnal” é o símbolo da presença, aqui, do Eu verdadeiro. Quando apontamos com o dedo uma coisa visível, dizendo “isto”, na verdade estamos apontando a coisa verdadeira e invisível, que está no âmago da coisa visível.
Um caqui que apontamos com o dedo perece, mas o caqui verdadeiro é eterno e jamais perece. É por isso que ele reaparece todos os anos, quando chega à época de sua frutescência.
O caqui visível aos olhos carnais não é o verdadeiro: ele é a representação do caqui. O verdadeiro caqui é a IDEIA (Vida) de caqui criado por Deus. Somente aquele que sentiu a Vida pode compreendê-la.
A Realidade (existência verdadeira) é a  totalidade. A totalidade não pode ser manifestada nem percebida de uma só vez. Ela é como a somatória de nossas memórias. Desde o nascimento, nós já passamos por muitas experiências, ouvimos e vimos uma infinidade de coisas, e todas elas estão gravadas em nossa memória; mas elas não vêm à tona em nossa memória de uma só vez porque são uma infinidade de imagens que se sobrepõem uma às outras no mundo transcendente ao tempo e ao espaço. Para que uma imagem aflore à camada consciente do nosso cérebro, devemos escolher dentre todas as imagens uma que nos interesse no momento, deixando as demais no mundo do subconsciente.
De modo análogo, para expressarmos a Realidade no mundo dos sentidos, devemos escolher dentre a totalidade uma determinada coisa e convocá-la, deixando lá as demais. Expressão é palavra, e palavra é o instrumento para convocar. Pelo poder de boas palavras, podemos criar boas coisas.

(Livro A Verdade da Vida – volume 38)
Autor: Massaharu Taniguchi.
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