Confiança da indústria volta a cair em novembro

SÃO PAULO – O índice que mede a confiança dos empresários da indústria apresentou recuo em novembro, na comparação com outubro, informou nesta segunda (30) o Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getúlio Vargas). O ICI (Índice de Confiança da Indústria) caiu de 76,2 pontos para 74,8 pontos. As informações são da Agência Brasil.
O indicador havia atingido o patamar mínimo histórico em agosto e iniciado uma recuperação nos dois meses seguintes.
Para a FGV, o resultado mostra que o ambiente de negócios "continua desfavorável" e "dificilmente observará uma melhora contínua" enquanto não ocorrer uma reação mais expressiva da demanda interna.
A queda na confiança se concentrou na piora das expectativas, já que o Índice da Situação Atual ficou estável.
Entre os 19 principais segmentos da indústria, 12 tiveram queda no ICI.
Segundo a pesquisa, a queda do Índice de Expectativas teve grande influência da retração das expectativas do setor em relação a evolução da produção nos próximos três meses.
Entre outubro e novembro, esse indicador caiu de 82,5 para 76,6 pontos.
Já a estabilidade da situação atual pode ser explicada por uma piora na avaliação dos negócios combinada com uma melhora na percepção sobre a demanda, além da manutenção do nível de estoques.
QUEDA/PIB – A um dia da divulgação do PIB do terceiro trimestre, o centro das estimativas (mediana) de economistas consultados pelo Banco Central é de que a economia encolha 3,19% em 2015. Na semana passada esperava-se queda de 3,15%.
Os dados fazem parte do boletim Focus, pesquisa entre economistas e instituições financeiras divulgadas semanalmente pelo Banco Central.
Para 2016, a previsão é de que o PIB encolha 2,04%. Há uma semana, esperava-se queda de 2,01%.
Segundo os economistas, a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar 2015 em 10,38%. Há uma semana esperava-se a taxa em 10,33%.
Para 2016, foi mantida a previsão de IPCA em 6,64% no fechamento do ano.
A taxa de câmbio para deve ficar em R$ 3,95 para o fechamento do ano, a mesma previsão da semana anterior. Para o final de 2016, também foi mantida a previsão da semana anterior para o câmbio, em R$ 4,20.