Confirmada morte por Gripe A H1N1 na região

A 14ª Regional de Saúde confirmou ontem a primeira morte por Gripe A (H1N1) na região. Trata-se do paciente de São Pedro do Paraná e que estava internado na Santa Casa de Paranavaí desde o dia 7 de maio. Ele morreu no dia 26 de maio. O caso fatal deve ser confirmado no próximo boletim estadual da Secretaria de Saúde (SESA), divulgado quinzenalmente.
Conforme informações da época da hospitalização, o homem tinha 63 anos e morava em São Pedro do Paraná. Ele foi internado inicialmente em Loanda e depois transferido para a Santa Casa, o hospital referência da região. A vítima foi a primeira diagnosticada com gripe H1N1 neste ano na região Noroeste e não teria tomado a vacina.
Outras pessoas que estavam hospitalizadas por causa de problemas respiratórios graves tiveram alta nas últimas semanas. Ontem não havia registro de paciente com tais diagnósticos em estado grave na Santa Casa.
BOLETIM – A Secretaria Estadual da Saúde divulgou o primeiro informe sobre a situação da gripe em 2013 no último dia 24. A publicação será divulgada quinzenalmente com informações sobre o monitoramento realizado pela secretaria. Este monitoramento serve para identificar e avaliar o comportamento dos vírus e bactérias respiratórias que mais circulam no Paraná, possibilitando também análises regionais.
Neste primeiro informe foram registrados 115 casos de gripe, sendo que 38 foram de Influenza A (H1N1), 46 de Influenza A (H3N2) e 29 de Influenza B. Outros dois casos foram confirmados como vírus Influenza A, mas sem especificação do subtipo viral.
As regionais de saúde que apresentaram mais casos de gripe foram a 9ª RS – Foz do Iguaçu (24), 15ª RS Maringá (18), 17ª RS – Londrina (17) e 2ª RS – Metropolitana de Curitiba (15). Em todo o Estado, 34 municípios apresentaram amostras positivas para Influenza. O subtipo A (H3N2) registrou o maior número de confirmações e representa 40% dos casos de gripe confirmados até o momento.
MORTES – Neste informe também foram confirmadas duas mortes pela doença na 19ª Regional de Saúde – Jacarezinho. O caso da Regional do Noroeste deve aparecer no próximo boletim.
Como a gripe não é uma doença de notificação obrigatória, os números divulgados são resultados do monitoramento de 26 micro-organismos (vírus e bactérias) feito pela Secretaria de Estado da Saúde.
O monitoramento é feito através de amostras coletadas nas 52 unidades sentinelas (pronto atendimentos, unidades de saúde e hospitais) espalhadas em 21 municípios do Estado, inclusive Paranavaí, que coleta no PA e na Santa Casa. As amostras são processadas no Laboratório Central do Estado, em São José dos Pinhais.
ESTRATÉGIAS – Como forma de evitar casos graves e mortes por gripe, o Governo do Paraná prevê três estratégias para o controle da gripe. A primeira é a prescrição do medicamento o antiviral (Oseltamivir) nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
O antiviral é distribuído gratuitamente nos serviços de saúde da rede estadual e municipal. De acordo com o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) são mais de 202 mil tratamentos em estoque no Estado, incluindo a solução oral para crianças.
A vacina é outra das estratégias para conter o avanço da gripe no Estado. O Paraná imunizou mais de 2,1 milhões de pessoas dentro dos grupos prioritários, aproximadamente 92% do público-alvo inicialmente previsto (gestantes, idosos, crianças de seis meses a menores de dois anos, trabalhadores de saúde, indígenas, população privada de liberdade e doentes crônicos).

Tendência é que o número de casos aumente com o frio
A tendência é que o número de casos aumente com a chegada das temperaturas mais frias. A principal recomendação é manter as mãos bem higienizadas, se possível com o uso de álcool gel. Abrir janelas, deixar os ambientes bem arejados e com as superfícies sempre limpas também ajudam a evitar a transmissão da doença.
A gripe A (H1N1) surgiu em 2009 e no mesmo ano fez vítimas em Paranavaí. Foram quatro mortes naquele ano, além de uma quinta não confirmada em exame, mas constatada clinicamente. No auge da epidemia naquele ano, a UTI da Santa Casa ficou cheia de pacientes, num cenário que beirou o caos.
Também em 2009, aulas foram suspensas na rede municipal para tentar barrar o contágio. Ainda naquele ano um decreto municipal proibiu a realização de eventos, visando reduzir as aglomerações de pessoas.  
Nos anos seguintes a doença regrediu e a vacina passou a ser fornecida pelo Governo para determinadas faixas da população. Também há disponibilidade de doses na rede privada de saúde (Com informações da SESA).