Confirmada morte por meningite em Paranavaí

Uma mulher de 50 anos morreu na Santa Casa de Paranavaí em consequência de meningite. Ela estava internada há cerca de uma semana, na UTI.
O diretor técnico da UTI da Santa Casa, médico intensivista Michel Luiz Spigolon Abrão, informou que a paciente morava em Paranavaí, tinha 50 anos e apresentava um quadro de meningite bacteriana (por Streptococcus pneumoniae ou pneumococo). Trata-se de uma bactéria circulante, da pneumonia. Ficou hospitalizada por pelo menos 8 dias.
A paciente teve o diagnóstico confirmado em exame realizado pelo Laboratório Central do Estado – Lacen.
Uma segunda paciente, proveniente de Campinas (SP) está internada no hospital, também com a doença, sob os cuidados de médico neurologista.
Ao se depararem com os dois casos, a primeira preocupação das equipes foi apontar se havia relação entre eles, o que foi descartado. O médico informa que as duas pacientes não tiveram qualquer contato.
Levando em conta tratar-se de bactéria circulante, o intensivista alerta as pessoas para ações preventivas. Dentre elas, são  fundamentais hábitos saudáveis de vida, o que inclui alimentação e não ter vícios, especialmente não fazer uso de tabaco, manter os ambientes arejados e cuidados com a higiene pessoal são igualmente importantes – lavar as mãos é um dos mais simples e eficazes.
Michel Abrão pede que as pessoas fiquem atentas aos principais sintomas dessa doença, como náuseas com vômito, febre, dor de cabeça intensa e rigidez na nuca. Ao perceber tais sintomas a pessoa deve procurar um posto de saúde.
DÚVIDAS – A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná mantém em sua página um informe detalhado sobre meningite. Veja o conteúdo:
01 – O que é meningite?
É uma doença que afeta o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas. Mais frequentemente é ocasionada por vírus ou bactéria. É importante pela severidade de alguns casos que podem evoluir a óbito ou a um dano mais grave no cérebro deixando sequelas.
O tipo de tratamento depende do agente que causa a doença: vírus, bactéria, fungos, parasitos, outros. Nas meningites bacterianas é importante conhecer o tipo de bactéria envolvida de forma a possibilitar o tratamento correto. Para isso é necessário realizar exames para confirmar a meningite.
02 – Quais os sintomas?
Febre alta e persistente, dor de cabeça por vezes insuportável, dor na nuca podendo ocasionar rigidez no pescoço, vômitos, perda do apetite, sonolência, confusão mental, agitação, grande sensibilidade à luz. Pode apresentar ainda manchas no corpo, diarreia, crises convulsivas, coma.
As crianças normalmente permanecem quietas, pouco ativas. No caso das meningites bacterianas a evolução é muito rápida, podendo agravar em horas. O paciente necessita receber antibiótico o mais rápido possível.
As meningites causadas por vírus são as mais frequentes. Em geral é de menor gravidade, embora alguns vírus apresentam casos graves, por vezes fatais. Normalmente evolui em 5 a 10 dias para a cura. Raramente deixam sequelas.
03 – COMO É REALIZADO O DIAGNÓSTICO?
É de suma importância proceder ao diagnóstico e tratamento precoce. O paciente deve procurar o serviço de saúde, logo que apresentar os sintomas, pois no caso das meningites bacterianas, a introdução precoce do antibiótico reduz o risco de morte em 15%. Para o diagnóstico é necessário realizar a coleta de líquido cefaloraquidiano e de sangue de forma a identificar a bactéria, vírus, fungo, ou seja o agente causador da doença.
04 – COMO SE TRANSMITE?
A doença se transmite de uma pessoa para outra pela tosse, espirro e pelas mãos sujas, no caso de alguns vírus, isto é, vias fecal-oral, oral-oral, respiratória.
05 – COMO PREVENIR?
Lavar as mãos frequentemente – ao chegar do trabalho, antes de preparar, servir ou comer alimentos; Depois de usar o banheiro, após auxiliar uma criança a utilizar o banheiro, após trocar fralda, após assoar o nariz, tossir ou espirrar; Proteger o nariz e a boca com o braço ao espirrar ou tossir; Não secar as mãos em toalhas úmidas; Em local coletivo utilizar de preferência toalhas descartáveis; Manter o ambiente limpo e arejado; Alimentos: lavar e desinfetar as frutas e verduras; Limpar os reservatórios de água de abastecimento com solução clorada; Utilizar filtro ou bebedouro para água potável; Desinfetar filtros e bebedouros regularmente com água clorada; Separar os utensílios de uso individual, em especial das crianças. (fonte: saúde.pr.gov.br)