Conselho de psicologia diz que “cura gay” é “triste para o Brasil”

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nota em que “manifesta indignação” e critica a aprovação de projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade.
O texto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), foi aprovado esta semana na comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
“O que aconteceu na tarde desta terça-feira configura um episódio triste para a história brasileira, que enfraquece a luta pelos Direitos Humanos no Brasil e, consequentemente, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias”, afirma trecho da nota.
A entidade de classe diz que o debate do projeto foi marcado por uma “discussão truculenta e arbitrária”, com baixa participação de congressistas. O conselho critica ainda a atitude “controversa” do grupo: “Ao invés de proteger as minorias, as perseguem”.
Na nota, o Conselho Federal de Psicologia lembra ainda que desde 1990 a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade do rol de doenças.
“Faz-se ainda necessário repetir: não se trata de negar a escuta psicológica a alguém que queira mudar a sua orientação sexual, mas sim, de não admitir ações de caráter coercitivo e dirigidas pelo preconceito, como quando alguns psicólogos afirmam que a homossexualidade pode e deve ser “invertida’”, diz a nota. (Por Flávia Foreque e Márcio Falcão, da Folhapress)