Construção do Parque Tecnológico em Paranavaí deve custar R$ 30 milhões
A instalação do Parque Tecnológico de Agroinovação em Paranavaí começa a sair do papel. Ontem, o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Caíque) recebeu o grupo de trabalho que está discutindo o projeto e mais uma vez reafirmou o interesse da Prefeitura em promover o desenvolvimento da região Noroeste.
Juntos, profissionais da Prefeitura e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) já discutem qual o melhor local para o parque em Paranavaí.
A ideia do projeto é acelerar o desenvolvimento tecnológico da cadeia produtiva de mandioca e citros, gerando mais empregos e ampliando o mercado de trabalho, disse o diretor de inovação do Iapar, Tadeu Felismino.
“O Parque Tecnológico trabalha com o desenvolvimento de empresas de alta tecnologia e tem como objetivo criar um espaço que possa atrair empresas de todo o Brasil e até do exterior, criando em Paranavaí um espaço internacional e que participe da economia mundial. Paranavaí é exemplo, tem segmento diferenciado e de ponta quando se fala em citros e mandioca, por isso, a importância de um espaço tecnológica para esta área”, disse Tadeu Felismino.
A reunião serviu para discutir questões como a localização (e se há possível área para expansão) e urbanização da área. “Estimamos um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões para os próximos cinco anos, considerando imóveis, construções e instalações de empresas. Esperamos que já em 2018 possamos começar a implantar o Parque Tecnológico”, enfatizou Tadeu.
Para o prefeito, “a inovação está batendo na nossa porta e não podemos perder a oportunidade. Quem não mudar vai ser ultrapassado. As gestões estão cada vez mais modernas e esse choque de realidade tem assustado a muitos. Esse projeto é maior do que uma gestão. É algo que deve prosseguir em caso de eventuais mudanças, pois é apolítico. Com esse parque, queremos promover o desenvolvimento de Paranavaí, entender melhor o que pode ser explorado e/ou melhorado, trazer novas tecnologias e dar um grande salto como cidade”, ressaltou o prefeito.
Os estudos prévios apontam que a melhor alternativa para a cidade seja a criação de uma Unidade Mista de Pesquisa e Transferência da Tecnologia em Mandioca e Citros (UMIPTT), criando incubadoras e centros tecnológicos.
“Com esse parque, acreditamos que Paranavaí possa se tornar protagonista em toda a região Noroeste, pois 34% do PIB da cidade vêm da indústria e poucas cidades do estado possuem um perfil tão favorável ao desenvolvimento como Paranavaí. Agora vamos unir forças, alinhar pensamentos e, com a parceria do município, avançar em todos os quesitos”, finalizou Tadeu Felismino.
PARQUE TECNOLÓGICO – Em maio deste ano, em um evento foi assinado um acordo de cooperação entre Iapar, Prefeitura de Paranavaí, Sebrae e entidades empresariais dos segmentos de citros e mandioca, constituindo um grupo de trabalho que vai apresentar um projeto para implantação do Parque Tecnológico em Paranavaí.
Depois do evento, formou-se um grupo de trabalho com representantes de universidades, produtores de mandioca e citros, além de profissionais da Prefeitura, Iapar e Sebrae.
Recentemente, profissionais contratados pelo Sebrae estiveram em Paranavaí para realizar entrevistas com diversos líderes da cidade para prosseguir os estudos que visam à implantação do Parque Tecnológico e saber das potencialidades e dificuldades de Paranavaí e região.
A proposta foi discutida e bem vista no Conselho Estadual de Parques Tecnológicos (CEPARTEC) e, mesmo ainda não existindo, já possui grande notabilidade.