Consultor orienta como identificar casos de violência contra crianças e adolescentes

O escritor, conferencista e consultor dos direitos da criança e do adolescente, Luciano Betiate, conduziu, ontem, uma palestra sobre violência contra crianças e adolescentes, que reuniu dezenas de pessoas que integram a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência em Paranavaí, entre elas profissionais da educação, saúde, assistência social, e conselheiros tutelares.
A atividade, realizada no Teatro Municipal, marcou o Dia Nacional de Enfrentamento contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado oficialmente no dia 18 de maio.
Betiate abordou os métodos de identificação e interrupção de diferentes tipos de violência. Segundo ele, além da violência sexual, as crianças também são vítimas de outras quatro formas de violência: física, psicológica, abandono/negligência, e trabalho infantil.
“Muitas vezes essas crianças mostram sinais que facilitam a identificação da violência por professores, profissionais de saúde e outras pessoas que lidam diretamente com esse público. […] Sendo assim, essa palestra ajuda para que essas pessoas possam aprender mais e, a partir daí, combater para que não haja violência ou, ainda, atender as crianças que já tiveram seus direitos violados”, salientou o consultor.
A palestra realizada no Teatro Municipal foi organizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança (CMDCA) e do Adolescente e pela Secretaria Municipal de Assistência Social, e também contou com a participação dos secretários municipais Marly Bavia (Assistência Social), Cida Gonçalves (Educação), Márcio Gonçalves (Esportes e Lazer), e do vice-presidente do CMDCA, Denílson Felizardo.

Ajuste fiscal poderá comprometer prestação de serviços de assistência social
Além de diversas entidades que dependem de uma subvenção da Secretaria Municipal de Assistência Social, o município de Paranavaí conta, atualmente, com cinco Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e um Centro de Referência Especial em Assistência Social (Creas) que poderão ter seus serviços comprometidos em razão de um ajuste fiscal imposto pelo Governo Federal.
As informações são da assessoria de imprensa da Prefeitura.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, esse ajuste já está comprometendo a prestação de serviços básicos de assistência social à população carente e o atendimento a crianças, adolescentes e idosos em situação de risco em centenas de cidades brasileiras.
Segundo o Congemas (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) – entidade que reúne os 5.570 secretários municipais da área, desde dezembro do ano passado, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) suspendeu o repasse de recursos aos municípios do Fundo Nacional de Assistência Social. A conta passa de 1,5 bilhão de reais, segundo estimativa do Colegiado.
A secretária municipal de Assistência Social de Paranavaí, Marly Bavia, explica que os repasses federais aos municípios do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) são a principal fonte de recursos para a gestão de programas e serviços de atendimento básico à população em situação de risco.
“Não estamos recebendo recurso do Governo Federal desde o início do ano e, para não interromper os serviços, estamos utilizando nossas reservas. Estamos preocupados e economizando tudo que podemos, mesmo assim, se continuarmos sem receber, corremos o risco de ter os nossos serviços básicos paralisados dentro de 60 dias”, explica Marly. (Com informações do Estadão Conteúdo e Revista Veja)