Contran adia fiscalização sobre motofretistas e mototaxistas

Deveria começar hoje, mas a fiscalização sobre motofretistas e mototaxistas só terá início em fevereiro de 2013. A intenção do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é que os motociclistas tenham mais tempo para realizarem o curso de capacitação previsto na Resolução 350/2010.
A respeito da preparação dos condutores, outras alterações foram definidas pelo Contran. Uma delas aumenta o número de entidades que poderão oferecer o curso, entre as quais, os Centros de Formação de Condutores e os estabelecimentos de ensino que comprovem a capacidade técnica necessária.
Antes, apenas o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) tinham autorização.
Outra mudança anunciada pelo Contran é a capacitação dos motofretistas e dos mototaxistas que poderá ser aplicada nas modalidades presencial e ensino à distância (semipresencial).
Nas autoescolas de Paranavaí, as alterações ainda não tiveram grande repercussão. Os empresários preferem avaliar com mais cautela todas as exigências do Contran antes de fazerem investimentos. Segundo eles, é preciso calcular a viabilidade econômica da estruturação de espaços físicos adequados para receber os condutores de motocicletas.
ESCLARECIMENTOS – Em setembro, a Diretoria de Trânsito (Ditran) de Paranavaí deverá promover uma reunião com motofretistas e mototaxistas para esclarecer os principais pontos da resolução do Contran. O gerente administrativo da Ditran, Gabriel dos Santos Luiz, disse que a intenção é garantir que os condutores estejam preparados para as ações de fiscalização.
SEGURANÇA – Na opinião de Luiz, independentemente da aplicação da lei, os motofretistas e os mototaxistas precisam estar atentos às questões de segurança. “É fundamental que procurem as lojas especializadas em motos e se equipem. A vida deve estar em primeiro lugar”.
EQUIPAMENTOS – Vendedor de uma empresa de peças para motocicletas, Gedean Iago afirmou que o investimento nos equipamentos básicos de segurança pode variar de R$ 200 a R$ 250. Caso prefira acessórios mais sofisticados, o motociclista pode pagar mais de R$ 500. Ele apontou o capacete, o protetor de perna, o colete refletivo e o aparador de linha como alguns dos equipamentos mais importantes.

Algumas das normas de segurança que serão exigidas
*Só poderão trabalhar os mototaxistas e motoboys que tiverem o curso que ensina regras de conduta e segurança para a profissão.
*O condutor deverá ter 21 anos e ter habilitação na categoria A há pelo menos 2 anos.
*Usar capacete com viseira cristal e adesivo refletivo.
*Usar colete sinalizador.
*Ter moto registrada na categoria aluguel, com placa vermelha.
*Instalar protetor de pernas e aparador de linha.
*Os produtos não podem ser transportados em mochilas, apenas baús ou grelhas.
*Botijão de água e gás só podem ser transportados com reboque.
*E o veículo deve passar por uma inspeção semestral.