Contratação de docentes proposta pelo Governo do Estado não é suficiente, dizem estudantes

O processo seletivo para contratação de professores temporários não atende as necessidades da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Foi o que disseram os acadêmicos de Paranavaí, em greve desde o início da semana. Com base nessa avaliação, eles manterão a paralisação das atividades e a ocupação do campus por tempo indeterminado.
De acordo com o edital, são 71 vagas distribuídas entre os campi que integram a Unespar. Apenas cinco disciplinas ministradas em Paranavaí serão contempladas, mas o déficit é de 36 professores efetivos. “Não é suficiente”, disse a estudante Milena Orsi.
Na quinta-feira (4), os acadêmicos encaminharam um documento à Casa Civil do Governo do Estado, listando todas as reivindicações. Além da ampliação do quadro de docentes, pedem a contratação de agentes universitários e melhorias da infraestrutura do campus. 
Os alunos de Paranavaí se dispuseram a conversar com representantes do Governo do Estado. A expectativa é que juntos possam encontrar soluções definitivas para os problemas.
O acadêmico Victor Ferreira e Silva destacou que os grupos estudantis de outros campi da Unespar também estão se mobilizando para reivindicar mais investimentos. “Todos estão sendo atingidos”, afirmou.
A decisão de entrar em greve foi tomada em assembleia realizada na noite de segunda-feira (1º). Aproximadamente 500 estudantes do campus de Paranavaí participaram da reunião, com a maioria tendo concordado com a paralisação das atividades.
Diante da decisão dos acadêmicos, o diretor Edmar Bonfim Oliveira destacou que a pauta do movimento estudantil representa as principais necessidades do campus. Segundo ele, havia o risco de as atividades serem interrompidas por falta de profissionais – seria necessário contratar 46 agentes universitários.
O reitor da Unespar, Antônio Carlos Aleixo, também argumentou em favor das reivindicações do movimento dos acadêmicos. “O que os estudantes pontuam também desejamos, e estamos neste embate há tempo: falta de pessoal pedagógico efetivo e de agentes efetivos.”