Corinthians sofre pressão, mas vai à final
TOYOTA, JAPÃO – Quando o Corinthians marcou o que seria o gol da classificação à decisão, a estatística da Fifa apontava 66% de posse de bola para os brasileiros e 34% para os egípcios.
Ao final do primeiro tempo, a proporção caiu para 60% e 40%. No fim do jogo, 50% para cada time. A evolução da posse de bola é um retrato fiel desta semifinal, disputada ontem.
Assim como desenhava Tite, a estreia foi carregada de nervosismo. O peso nos ombros dos brasileiros foi justamente o motivo oficial apontado pelo jogadores para tamanha dificuldade.
Em toda a partida, Al Ahly e Corinthians arriscaram seis chutes a gol cada. Só uma bola acertou o alvo, justamente o gol de cabeça de Guerrero.
Embora tenha tido mais posse de bola nos primeiros 30 minutos, o Corinthians sofreu com a falta de criatividade. O sistema defensivo, grande trunfo do time, funcionou bem durante o jogo todo.
O time começou a partida como na prancheta de Tite: Emerson pela esquerda, Danilo pela direita e Douglas pelo meio. Na frente, Guerrero, sozinho, no papel de pivô.
As dificuldades para criar as jogadas fizeram com que Danilo e Emerson invertessem de lado. O atacante também tentou melhor sorte pelo meio. Não funcionou.
O time tocava a bola em busca de espaços. Até que, aos 30min, o alívio: Douglas bateu escanteio, a zaga tirou, a bola voltou para o meia, que cruzou de pé esquerdo, de três dedos. Guerrero, de cabeça, fez o gol da partida.
"Depois do gol nos preocupamos um pouco mais com a parte defensiva. Isso exigiu que eu voltasse um pouco mais para poder acompanhar o lateral, o que eu não gosto muito de fazer", disse Emerson, que teve má atuação.
A partir daí, o time parou. O Al Ahly, que no primeiro tempo arriscou um chute, tentou outros cinco. E quase empatou. Longe de seus melhores dias, a inércia de Paulinho – embora tenha se arriscado várias vezes ao ataque- dificultou as ações ofensivas.
O Corinthians recuou e não conseguia prender a bola no ataque. O time egípcio adiantou a marcação e lançou Aboutrika, o mais perigoso do time, aos 9min do segundo tempo. O Al Ahly atacava contra os paredões do Corinthians, mas a bola sempre voltava aos pés dos egípcios.
AL AHLY
Ekramy (Abou); Fathi, Gomaa, Nagiob e Kenawi; Rabia, Ashour, Soliman e Said (Aboutrika); Hamdij e Gedo (Meteab). Técnico: El Badry
CORINTHIANS
Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo, Douglas (Jorge Henrique) e Emerson (Romarinho); Guerrero (Guilherme). Técnico: Tite
Estádio: Toyoya Stadium, em Toyota
Árbitro: Marco Rodríguez
Gol: Guerrero, aos 30min do 1º tempo
Ao final do primeiro tempo, a proporção caiu para 60% e 40%. No fim do jogo, 50% para cada time. A evolução da posse de bola é um retrato fiel desta semifinal, disputada ontem.
Assim como desenhava Tite, a estreia foi carregada de nervosismo. O peso nos ombros dos brasileiros foi justamente o motivo oficial apontado pelo jogadores para tamanha dificuldade.
Em toda a partida, Al Ahly e Corinthians arriscaram seis chutes a gol cada. Só uma bola acertou o alvo, justamente o gol de cabeça de Guerrero.
Embora tenha tido mais posse de bola nos primeiros 30 minutos, o Corinthians sofreu com a falta de criatividade. O sistema defensivo, grande trunfo do time, funcionou bem durante o jogo todo.
O time começou a partida como na prancheta de Tite: Emerson pela esquerda, Danilo pela direita e Douglas pelo meio. Na frente, Guerrero, sozinho, no papel de pivô.
As dificuldades para criar as jogadas fizeram com que Danilo e Emerson invertessem de lado. O atacante também tentou melhor sorte pelo meio. Não funcionou.
O time tocava a bola em busca de espaços. Até que, aos 30min, o alívio: Douglas bateu escanteio, a zaga tirou, a bola voltou para o meia, que cruzou de pé esquerdo, de três dedos. Guerrero, de cabeça, fez o gol da partida.
"Depois do gol nos preocupamos um pouco mais com a parte defensiva. Isso exigiu que eu voltasse um pouco mais para poder acompanhar o lateral, o que eu não gosto muito de fazer", disse Emerson, que teve má atuação.
A partir daí, o time parou. O Al Ahly, que no primeiro tempo arriscou um chute, tentou outros cinco. E quase empatou. Longe de seus melhores dias, a inércia de Paulinho – embora tenha se arriscado várias vezes ao ataque- dificultou as ações ofensivas.
O Corinthians recuou e não conseguia prender a bola no ataque. O time egípcio adiantou a marcação e lançou Aboutrika, o mais perigoso do time, aos 9min do segundo tempo. O Al Ahly atacava contra os paredões do Corinthians, mas a bola sempre voltava aos pés dos egípcios.
AL AHLY
Ekramy (Abou); Fathi, Gomaa, Nagiob e Kenawi; Rabia, Ashour, Soliman e Said (Aboutrika); Hamdij e Gedo (Meteab). Técnico: El Badry
CORINTHIANS
Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo, Douglas (Jorge Henrique) e Emerson (Romarinho); Guerrero (Guilherme). Técnico: Tite
Estádio: Toyoya Stadium, em Toyota
Árbitro: Marco Rodríguez
Gol: Guerrero, aos 30min do 1º tempo