Corpo de brasileira deve chegar ao Brasil até o fim da semana

A família de Ivanice Carvalho da Costa, 36 anos, continua na expectativa pela chegada do corpo ao Brasil. O prazo estabelecido é que esteja definido em cinco dias úteis a partir de ontem, ou seja, até sexta-feira. O objetivo é fazer o sepultamento em Amaporã, cidade onde moram os pais da vítima.
A mulher foi morta durante ação da polícia em Lisboa, Portugal, na última quarta-feira. O carro em que viajava na companhia do marido foi perseguido e atingido a tiros. O marido dirigia o veículo e teria tentado fugir de uma barreira policial. Os policiais confundiram o carro da brasileira com o usado por ladrões de um caixa eletrônico.
A mãe da vítima, Maria Luzia Silva Carvalho da Costa, reitera o desejo de sepultar a filha na cidade onde foi criada (Amaporã fica a 50 km de Paranavaí).
Em rápida conversa via telefone com o Diário do Noroeste, a mãe opinou que o convivente de Ivanice também é responsável pela morte da sua filha. Ela não o conhece, mas confirma que eles viviam juntos “há muito tempo”.
O homem foi detido após o incidente fatal, mas está solto, devendo responder em liberdade. Ele é português, cita a mãe. Sobre a investigação, Maria Luzia afirmou que “não tem nada”, ou seja, desconhece os desdobramentos.
O caso da brasileira morta pela polícia em Portugal ganhou destaque na imprensa nacional desde a divulgação do episódio. A versão inicial é de morte por engano. Nesta linha de pensamento, a polícia estava procurando ladrões de caixa eletrônico, que haviam acabado de estourar um equipamento e levado dinheiro. Ivanice e o convivente se dirigiam ao trabalho na madrugada de quarta-feira. O rapaz teria desobedecido a ordem de parada, fugindo do cerco policial.
De acordo com a imprensa portuguesa, ainda teria jogado o carro em direção aos policiais, que responderam com tiros. Um dos tiros acertou o pescoço da vítima, morta ao ser socorrida. O marido foi detido por dirigir sem carteira de habilitação e desobediência à ordem de parada.