CCS cobra funcionamento das câmeras do videomonitoramento
As câmeras do videomonitoramento de Paranavaí estão fora do ar, mas se depender do compromisso das autoridades, assumido em reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), voltarão a funcionar em cerca de 30 dias.
O problema com as câmeras foi um dos assuntos debatidos anteontem à noite na reunião do CCS, realizada na sede da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap).
Pela Prefeitura, participou o secretário interino de Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito, Hugo Braga. Disse que houve licitação para os serviços de manutenção e que a empresa vencedora já esteve em três reuniões para debater o tema e encontrar a melhor forma de executar as ações.
O engenheiro eletricista da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Fábio Havro afirmou que em breve o sistema estará reativado, inclusive com disponibilização para uso da Polícia Militar. Ele também defendeu a qualidade das câmeras e do sistema implantado.
Movimento semelhante para tentar reativar as câmeras já ocorreu em outras oportunidades. Em agosto do ano passado, uma revitalização foi noticiada para até 90 dias, no entanto, não houve tempo hábil e tudo ficou para 2017.
Desde que foi montado em 2011, o sistema de monitoramento por vídeo vem causando polêmicas e alguns questionamentos. Consenso de que se trata de um serviço necessário, usuários divergem em relação ao modelo implantado. Para uns, o custo foi elevado (sua implantação custou mais de R$ 1,1 milhão), para outros, está sendo ineficiente até agora.
Nenhuma das 23 câmeras do projeto original está em funcionamento. A previsão é de que neste primeiro prazo de recuperação entrem em operação 18 unidades. Três estão com falta de alguns componentes e duas foram danificadas em acidentes de trânsito.
O CONSELHO – O engenheiro civil, Michael Heckmann, presidente do CCS, falou da importância da reunião, já que nos últimos tempos tem aumentado a criminalidade, especialmente os roubos com o uso de armas de fogo.
Algumas ações dos bandidos são com armamentos pesados, como as recentes explosões de dois caixas de bancos. Sempre que acontecem os crimes, voltam os questionamentos sobre a abrangência do videomonitoramento. Até por isso, Heckmann defende a ampliação da cobertura pelas câmeras.
O delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica, e o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, major Márcio Antônio dos Santos, participaram da reunião, a primeira do ano. Uma das explicações para o aumento dos roubos está na crise econômica, o que teria provocado maior incidência em todas as cidades.
O presidente aproveita para lembrar que o Conselho de Segurança se reúne uma vez por mês. Os encontros, sempre na Aciap, são abertos a todos os interessados. Para participar, basta comparecer no local e horário determinados (veja a programação abaixo). Hoje o CCS conta com cerca de 25 integrantes. Pouco, até por conta da relevância do tema.
O Conselho também debateu a implantação de um gabinete odontológico e consultório médico na estrutura da Cadeia Pública de Paranavaí. Isso evita que presos sejam deslocados sempre que há necessidade de tratamento.
Heckmann lembra que todo deslocamento de detento exige o emprego de uma viatura, além de homens da Polícia Militar e de agentes penitenciários. Com as estruturas novas, o efetivo pode focar na segurança, ressalta. O novo investimento será uma parceria do município com o CCS.
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