“Cuidar da água agora é proteger as gerações futuras”, avalia secretário de Meio Ambiente
“É urgente que as pessoas comecem a pensar na importância de se preservar a água, as áreas de manancial e nascentes. As próximas gerações não podem pagar pelo descaso e desrespeito com a natureza. Cuidar da água agora é proteger as gerações futuras”, avalia o secretário de Meio Ambiente de Paranavaí, Ramiro Kulevicz, em lembrança ao Dia Mundial da Água (comemorado ontem, dia 22).
Este ano, o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para marcar a data é o uso de soluções baseadas no meio ambiente para resolver problemas de gestão dos recursos hídricos.
Com a campanha “A resposta está na natureza”, a ONU aborda como as estratégias de preservação e restauração ambiental podem proteger o ciclo da água e melhorar a qualidade de vida da população.
Em Paranavaí, a Secretaria de Meio Ambiente está programando um evento para a próxima semana. Será um mutirão de limpeza e recuperação da nascente localizada no Bosque Municipal e uma visita aos ribeirões da cidade para verificar as condições das matas ciliares e a situação de descartes irregulares de lixo nestas áreas.
NÚMEROS – Atualmente, 1,8 bilhão de pessoas consomem água de fontes que não são protegidas contra a contaminação por fezes humanas.
Mais de 80% das águas residuais geradas por atividades do homem – incluindo o esgoto caseiro – são despejadas no meio ambiente sem ser tratadas ou reutilizadas. Até 2050, a população global terá aumentado em 2 bilhões de indivíduos, e a demanda por água poderá crescer até 30%.
A agricultura é responsável por 70% do consumo de recursos hídricos – a maior parte vai para a irrigação das plantações. A participação do setor agrícola aumenta em áreas com maior densidade populacional e falta d’água.
O campo é seguido pela indústria, que responde por 20% da água utilizada em atividades humanas. O uso doméstico representa apenas 10% do consumo total, e a proporção de água potável que é bebida pela população equivale a menos de 1%.
Com as transformações do clima e a manutenção de padrões insustentáveis de produção, a poluição e a desigualdade na distribuição vão se agravar, bem como os desastres associados à gestão da água.
Hoje, 1,9 bilhão de indivíduos vivem em áreas que poderão ter escassez severa de água. Até 2050, o número pode chegar a cerca de 3 bilhões. A quantidade de pessoas em zonas de risco para enchentes também aumentará, passando do atual 1,2 bilhão para 1,6 bilhão, o que representará 20% da população mundial em 2050. Aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas já são afetadas pela degradação da terra e pelo fenômeno conhecido como desertificação.
Anualmente, a erosão do solo desloca de 25 bilhões a 40 bilhões de toneladas de camadas vegetais – o que reduz de forma significativa a produção das safras e a capacidade da terra de regular quantidades de água, carbono e nutrientes. Os rejeitos escoados do solo erodido, contendo nitrogênio e fósforo, são um dos principais poluentes dos recursos hídricos. Fonte: ONUBr1