“Cura gay é um absurdo”, diz presidente da Câmara dos Deputados

BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chamou ontem de absurda a aprovação do projeto que permite aos psicólogos promover tratamento para cura da homossexualidade.
Eduardo Alves admitiu ainda que foi um erro votar essa proposta -em sua opinião "sem sentido" – em meio à onda de protestos no Brasil.
Para o presidente da Câmara, o projeto mostra um "erro de ótica". "É um absurdo isso. É uma coisa sem sentido tratar [a homossexualidade] como uma doença. Temos que respeitar essa segmento da sociedade que não se considera doente e não considera isso uma doença”.
Sob o comando do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou na terça-feira o projeto, conhecido como "cura gay". O texto terá que passar ainda por outras duas comissões da Casa – Seguridade Social e Constituição e Justiça – antes de ir para plenário.
Colaboradores da presidente Dilma Rousseff reclamam da conduta do Congresso Nacional durante a série de manifestações no país. Segundo integrantes da Esplanada dos Ministérios, a pauta do Congresso – com temas como a "cura gay" – demonstra insensibilidade e acaba fomentando a crise.