Decasségui que fatura U$ 700 mil/ano com 5 hectares de mandioca abre ciclo de palestras
Considerado o “Rei da Cebolinha” no Japão e caminhando para ser também o “Rei da Mandioca” no país asiático, o decasségui Walter Toshio Saito vai abrir o ciclo de palestras da Feira Internacional da Mandioca (FIMAN), que começa hoje em Paranavaí. Ele vai falar sobre produção e produtividade da mandioca no Japão.
Paranaense de Londrina e radicado no Japão há mais de 20 anos, Saito passou a se dedicar ao cultivo cebolinha, brócolis e mandioca de mesa na cidade de Kamisato, que divide sua economia entre agricultura e indústria, e está na região central do Japão, há aproximadamente 100 quilômetros de Tóquio.
Segundo o presidente da FIMAN, Maurício Gehlen, que o visitou no Japão, o decasségui usa uma tecnologia de adubação, plantio e colheita diferenciada. Por isso consegue alta produtividade em cinco alqueires. A tecnologia utilizada por Saito foi desenvolvida por ele mesmo.
Impulsionado pela alta produtividade e pelos preços praticados no mercado japonês, Saito fatura em média 700 mil dólares ao ano com a produção de mandioca, que entrega nos restaurantes.
“A proposta desta palestra é estimular nossos produtores a aumentar a produtividade na mesma área de plantio, crescendo, por consequência, o seu faturamento”, explica Gehlen. Para ele, algumas técnicas utilizadas pelo decasségui podem ser adaptadas para as condições brasileiras.
OUTRAS PALESTRAS – A palestra de Walter Toshio Saito abre o ciclo de palestras. Ele fala nesta terça-feira, às 13h30, sobre seu trabalho e as técnicas que utiliza no Japão. O decasségui deverá permanecer na Feira até o seu final, na quinta-feira, dia 22.
Também nesta terça no auditório da FIMAN, às 17 horas, Andres Jacinto Lopes, do Senai, fala sobre Controle de Processo X Produtividade na Indústria de Mandioca e Derivados. Às 18 horas, o chefe do escritório do Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai, Sebastian Bogado Amarilla, fala sobre as oportunidades de investimento no seu país. Ele voltará ao assunto na quarta-feira e na quinta-feira sempre às 18h30. O Paraguai está com um estande na Feira.
Na quarta-feira, dia 22, às 13h30, Felyppe Blum Gonçalves, do SESI, aborda o tema “Como lidar com as NRs que mais impactam a indústria”; Às 14h45, Simon Bentley, falará sobre “A Mandioca da América do Sul no Mercado Global de Amidos: oportunidades regionais e internacionais”, com tradução simultânea; 16h30, “A Eficiência Energética Autônoma da Indústria de Mandioca”, com Cícero Bley Júnior, da FIEP; e às 17h30, o pesquisador Rudiney Ringenberg, da Embrapa discorre sobre “Ferramentas para o Manejo Integrado de Pragas”.
Na quinta-feira, dia 24, a primeira palestra, às 13h30, será sobre o plantio direto da mandioca, pelo pesquisador da Embrapa Marco Antônio Sedrez Rangel; às 15h30, Cassandra Meireles Terres Ribeiro, do Senai, falará sobre “Desenvolvimento de Novos Produtos e Tendências em Alimentos à Base de Mandioca”; e 17h30, as perspectivas da economia paranaense e nacional serão tema da palestra de Marcelo Antonio Percicotti da Silva, da FIEP.