Decasségui que fatura U$ 700 mil/ano com mandioca vai proferir palestra
“O convidamos pela alta produtividade que ele consegu numa pequena área de terras. É extraordinário faturar mais de 700 mil dólares ao ano plantando mandioca em cinco hectares”. Assim o presidente da Comissão Organizadora da Feira Internacional da Mandioca (FIMAN), Maurício Gehlen, justificou o convite ao decasségui Walter Toshio Saito, que vem tendo alta lucratividade com o plantio de mandioca no Japão, para ser um dos palestrantes do evento. A Feira vai acontecer de 22 a 24 de novembro deste ano em Paranavaí e a programação de palestras já está sendo definida.
O convite foi feito pessoalmente, em maio, quando Gehlen esteve no Japão e foi até a província de Saitama, para conhecer a atividade agrícola de Saito, considerado hoje o “Rei da Cebolinha” naquele país.
O decasségui cultiva cebolinha, brócolis e mandioca na cidade de Kamisato, que divide sua economia entre agricultura e indústria, e está na região central do Japão, há aproximadamente 100 quilômetros de Tóquio.
“Ele usa uma tecnologia de adubação, plantio e colheita diferenciada. Por isso consegue estes resultados. A tecnologia utilizada pelo Walter foi desenvolvida por ele mesmo”, revela o presidente da FIMAN.
Questionado se o solo e o clima do Japão se equivaleriam ao Brasil para fins de plantio de mandioca, Maurício Gehlen diz que “talvez seja até melhor do que aqui, mas o que faz a diferença é a tecnologia. Às vezes não importa o clima e o solo, mas sim a tecnologia que se tem para plantar naquelas condições e conseguir produtividade de rentabilidade”.
A palestra na FIMAN de Walter Saito poderá estimular os produtores brasileiros a adaptar a tecnologia usada no Japão para a realidade do país.
“É possível sim ter a mesma produtividade ou chegar próximo do que este produtor está conseguindo no Japão. Basta que façamos as adaptações necessárias”, avalia o presidente da Feira, que acrescenta que no Brasil já há variedades apropriadas para a técnica empregada pelo decasségui, que cultiva variedade de mesa.
“Não interessa se a mandioca é de mesa ou industrial. Ela sempre tem o amido e é possível empregar a mesma tecnologia”, sentencia.
No Japão a mandioca é plantada e colhida em 10 meses. No inverno são preparadas as mudas (Saito não planta a maniva) e o solo. Quando termina a estação é preciso plantar rapidamente para que haja tempo ao desenvolvimento da raiz. O decasségui desenvolveu uma tecnologia de colheita para evitar a quebra da mandioca.
AO ACASO – Walter Toshio Saito é natural de Terra Boa (PR), onde nasceu em 1967. No início de 1990 graduou-se em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Seu sonho era conhecer o país de seus pais, trabalhar, juntar algum dinheiro e retornar ao Brasil, onde construiria sua escola. No mesmo ano seguiu para o Japão.
Trabalhou quatro anos numa fábrica e, informalmente, ajudava brasileiros que chegavam ao Japão em busca de emprego. Foi o início de sua atividade empresarial: em 1995 abriu uma agência de recursos humanos voltada para intermediar empregos para brasileiros nas empresas japonesas.
Num momento de dificuldades (2008/2009), em que as empresas não estavam contratando, Saito resolveu investir na agricultura para poder dar ocupação à mão de obra ociosa.
Passou por algumas culturas até descobrir que a região produzia uma variedade de cebolinha gigante, muito parecida com o alho-poró. Começou plantando em 5 mil metros quadrados – hoje são 30 hectares de terra plantada.
“Não gosto de ser o segundo. Quero sempre ser o primeiro”, diz Saito, justificando que hoje já é considerado o “Rei da Cebolinha”, colhendo diariamente entre três e quatro toneladas brutas e caminhando no mesmo sentido com a cultura da mandioca. Sua produção é comercializada em 200 supermercados e 250 restaurantes.
Toshio Saito entrou na atividade ao acaso, mas hoje é convidado como conferencista em vários lugares do mundo para contar sua experiência de vida e para falar da sua atividade empresarial.
“Não sou um agricultor, sou um empresário. Quando vejo uma plantação vejo cifrões também”, disse ele, no ano passado, a uma entrevista à BBC Brasil.
O convite foi feito pessoalmente, em maio, quando Gehlen esteve no Japão e foi até a província de Saitama, para conhecer a atividade agrícola de Saito, considerado hoje o “Rei da Cebolinha” naquele país.
O decasségui cultiva cebolinha, brócolis e mandioca na cidade de Kamisato, que divide sua economia entre agricultura e indústria, e está na região central do Japão, há aproximadamente 100 quilômetros de Tóquio.
“Ele usa uma tecnologia de adubação, plantio e colheita diferenciada. Por isso consegue estes resultados. A tecnologia utilizada pelo Walter foi desenvolvida por ele mesmo”, revela o presidente da FIMAN.
Questionado se o solo e o clima do Japão se equivaleriam ao Brasil para fins de plantio de mandioca, Maurício Gehlen diz que “talvez seja até melhor do que aqui, mas o que faz a diferença é a tecnologia. Às vezes não importa o clima e o solo, mas sim a tecnologia que se tem para plantar naquelas condições e conseguir produtividade de rentabilidade”.
A palestra na FIMAN de Walter Saito poderá estimular os produtores brasileiros a adaptar a tecnologia usada no Japão para a realidade do país.
“É possível sim ter a mesma produtividade ou chegar próximo do que este produtor está conseguindo no Japão. Basta que façamos as adaptações necessárias”, avalia o presidente da Feira, que acrescenta que no Brasil já há variedades apropriadas para a técnica empregada pelo decasségui, que cultiva variedade de mesa.
“Não interessa se a mandioca é de mesa ou industrial. Ela sempre tem o amido e é possível empregar a mesma tecnologia”, sentencia.
No Japão a mandioca é plantada e colhida em 10 meses. No inverno são preparadas as mudas (Saito não planta a maniva) e o solo. Quando termina a estação é preciso plantar rapidamente para que haja tempo ao desenvolvimento da raiz. O decasségui desenvolveu uma tecnologia de colheita para evitar a quebra da mandioca.
AO ACASO – Walter Toshio Saito é natural de Terra Boa (PR), onde nasceu em 1967. No início de 1990 graduou-se em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Seu sonho era conhecer o país de seus pais, trabalhar, juntar algum dinheiro e retornar ao Brasil, onde construiria sua escola. No mesmo ano seguiu para o Japão.
Trabalhou quatro anos numa fábrica e, informalmente, ajudava brasileiros que chegavam ao Japão em busca de emprego. Foi o início de sua atividade empresarial: em 1995 abriu uma agência de recursos humanos voltada para intermediar empregos para brasileiros nas empresas japonesas.
Num momento de dificuldades (2008/2009), em que as empresas não estavam contratando, Saito resolveu investir na agricultura para poder dar ocupação à mão de obra ociosa.
Passou por algumas culturas até descobrir que a região produzia uma variedade de cebolinha gigante, muito parecida com o alho-poró. Começou plantando em 5 mil metros quadrados – hoje são 30 hectares de terra plantada.
“Não gosto de ser o segundo. Quero sempre ser o primeiro”, diz Saito, justificando que hoje já é considerado o “Rei da Cebolinha”, colhendo diariamente entre três e quatro toneladas brutas e caminhando no mesmo sentido com a cultura da mandioca. Sua produção é comercializada em 200 supermercados e 250 restaurantes.
Toshio Saito entrou na atividade ao acaso, mas hoje é convidado como conferencista em vários lugares do mundo para contar sua experiência de vida e para falar da sua atividade empresarial.
“Não sou um agricultor, sou um empresário. Quando vejo uma plantação vejo cifrões também”, disse ele, no ano passado, a uma entrevista à BBC Brasil.