Decasségui visita Paranavaí e diz que é preciso investir para produzir

Walter Toshio Saito, o decasségui paranaense que está há 26 anos no Japão, onde se tornou o “Rei da Cebolinha” e agora fatura cerca de 700 mil dólares ao ano plantando mandioca em 5 hectares, esteve esta semana em Paranavaí.
Saito será um dos palestrantes da Feira Internacional de Mandioca (FIMAN), que acontecerá em Paranavaí de 22 a 24 de novembro próximo no Parque Costa e Silva.
O “Rei da Cebolinha”, que já anuncia que quer ser o maior produtor de mandioca de mesa do Japão, esteve com o presidente da FIMAN, Maurício Gehlen, e visitou a Podium Alimentos.
Ele veio ao Brasil em missão oficial acompanhando deputados de sua Província de Saitama, para conhecer algumas praças desportivas utilizadas durante os Jogos Olímpicos deste ano.
Em 2020, a Olimpíada vai acontecer no Japão. Aproveitou a oportunidade para conhecer um pouco das indústrias de processamento de mandioca.
Walter Saito concedeu entrevista, quando falou um pouco de sua vida (ele foi ao Japão para juntar dinheiro e retornar a Londrina, onde abriria uma escola, e acabou ficando), um pouco sobre seus princípios e porque se considera um “empresário rural” e não um “agricultor”.
Diz que “temos que ter uma visão de negócio. Temos que investir para produzir e ter lucro. E sempre temos que perseguir a liderança. Eu quero ser o primeiro em tudo o que faço. Persigo permanentemente esta meta. E o primeiro passo para conseguir ser o primeiro é confiar em mim mesmo, porque se eu não confiar em mim, quem vai confiar?”, questiona o decasségui.
Aos produtores que forem ouvi-lo na FIMAN, Saito promete falar de como conseguiu alta produtividade. Adiantou que uma das técnicas descobriu ao acaso.
“Eu tinha poucas mudas para a área onde ia plantar. Então espacei mais que o de costume. E o resultado é que as raízes cresceram mais, já que não havia concorrência”, diz.
Ele vai relatar, também, como faz para plantar e colher em apenas oito meses (no Japão o frio intenso, inclusive com neve, obriga o produtor a encurtar o período de safra), porque utiliza apenas duas gemas para dar início a germinação e os tratos culturais necessários para garantir alta produtividade.