Defesa são-paulina vira preocupação em Recife

Num dos últimos treinos antes de enfrentar o Figueirense, pela 11ª rodada do Brasileiro, Ney Franco se reuniu com o elenco que ele tinha assumido dois jogos antes e deu uma dura nos atletas.
Cobrou mais participação de todos na marcação, pediu mais vibração dentro de campo, preocupado que estava com a sonolência de seus jogadores -tinha em seu ainda curto cartel são-paulino um empate e uma derrota.
Chegou a admitir que gostaria que seu time se inspirasse no arquirrival Corinthians e no sistema defensivo de sucesso implantado por Tite.
O discurso funcionou naquele final de semana (vitória por 2 a 0), mas perdeu força depois. Com oito partidas no comando do time – a nona será hoje, contra o Náutico, em Recife -, a defesa de Ney Franco ostenta números piores que – ou quase tão anêmicos quanto – os de Leão e de Milton Cruz, seus sucessores no Brasileiro.
Franco assumiu e, em oito jogos, sofreu 11 gols, piorou os números de desarmes (é o vice-lanterna, com 100,6 por partida) e melhorou só um posto no de finalizações cedidas (13,8 em média).
O fraco desempenho defensivo derrubou o clube para a oitava colocação do Brasileiro, seis pontos atrás do Grêmio, o quarto colocado.
"Temos que ter tranquilidade e pensar jogo a jogo", disse o zagueiro Rafael Tolói, que volta após suspensão.
NÁUTICO x SÃO PAULO. Estádio: Aflitos, em Recife. Horário: 21h50.