Dengue é endêmica nos municípios do Extremo-Noroeste do Paraná

Quantas vezes você ouviu dizer que a forma mais eficaz de combater a dengue é eliminar os criadouros do mosquito que transmite a doença? Significa não deixar água acumulada em pneus, calhas, vasos de plantas, latas e garrafas, por exemplo.
E mesmo sendo um assunto discutido há anos, ainda existem pessoas que não se preocupam com a limpeza dos quintais, jogam lixo irregularmente em terrenos baldios ou varrem a sujeira da calçada para dentro dos bueiros. Uma das consequências do descaso é a ocorrência da dengue durante o ano todo, ou seja, a situação é endêmica.
Números da 14ª Regional de Saúde apontam mais de 5.000 notificações de casos suspeitos da doença desde o início de 2014. Os resultados dos exames laboratoriais confirmaram que mais de 3.100 pessoas tiveram dengue, mas a quantidade de doentes pode ser ainda maior, considerando que aproximadamente 800 análises estão pendentes.
Dez municípios do Extremo Noroeste do Paraná alcançaram índices de epidemia: Alto Paraná, Diamante do Norte, Itaúna do Sul, Loanda, Marilena, Nova Londrina, Porto Rico, Querência do Norte, Santo Antônio do Caiuá e Tamboara. Mas a preocupação recai sobre toda a região, afinal, o vírus da dengue continua circulando.
Chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 14ª Regional de Saúde, Walter Sordi Junior informou que nem mesmo as temperaturas mais baixas foram suficientes para a eliminação do Aedes aegypti. “O frio diminui a circulação do mosquito e a velocidade de transmissão, mas a doença ainda persiste”.
O temor é que a partir de agosto, quando o tempo começar a esquentar, a quantidade de casos de dengue aumente. O risco de que o Noroeste volte a enfrentar uma epidemia generalizada é alto. E o pior: como há dois tipos de vírus circulando, as consequências podem ser muito mais graves, com manifestações hemorrágicas da doença e mortes.